Donos da história: estratégias de ação coletiva e formação da autoridade política entre os Tumbalalá

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Grimaldi, Lorenzo
Orientador(a): Cavalcanti, Josefa Salete Barbosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11888
Resumo: Esta dissertação se propõe através de um estudo etnográfico a analisar estratégias de ação coletiva e formas de construção da autoridade política, desenvolvidas pelos Tumbalalá. O trabalho de campo foi realizado nos meses de fevereiro, março e setembro de 2012. Os Tumbalalá constituem um grupo indígena do submédio São Francisco que obteve o reconhecimento étnico em 2001, embora ainda esteja à espera da conclusão do processo de regularização fundiária. Desde os anos 1970, o território que é atualmente reivindicado está exposto aos impactos da construção de barragens e de outros mega-projetos governamentais que dificultam a situação fundiária do grupo. Através da delimitação de duas situações históricas determinadas pelas relações que compõem o campo interétnico Tumbalalá e formas de relacionamento com o território, analisam-se processos de passagem de uma autoridade difusa a uma autoridade centralizada, mostrando como a formação da autoridade política responde a uma conjunção de modelos analíticos. A pluralidade de formas da vida política é explicada pelo transito entre códigos culturais próprios de uma situação de contato, que determina o campo interétnico como uma rede de comunicação. Nesse transito, os Tumbalalá definem as próprias estratégias de ação coletiva visando à obtenção dos objetivos do grupo. Finalmente, enfatizam-se as escolhas individuais e coletivas dos sujeitos como donos da historia, que contribuem à mudança das relações de poder existentes.