Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Souza, Alberes dos Santos de |
Orientador(a): |
Holanda, Lourival |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11214
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Resumo: |
O presente trabalho tem como escopo o estudo dos realismos maravilhoso e fantástico e dos processos mnemônicos individuais e coletivo no desejo de sustentação de resistências e/ou continuidades das tradições moçambicanas/africanas presentes na tessitura do discurso narrativo de A Varanda do Frangipani de Mia Couto. Sendo assim, observada a relação da literatura e memória na construção da narrativa literária com o intuito de refletir como o escritor moçambicano molda e interroga o discurso da tradição naquela obra. Dessa forma, o trabalho foi dividido em dois capítulos: o primeiro denominado de Realismo e Literatura na reflexão da tradição moçambicana em que aborda os realismos maravilhoso e fantástico no questionamento da tradição; enquanto o segundo nomeado de Processos Mnemônicos na Construção Literária da Narrativa em A Varanda do Frangipani, cuja discussão foi a relação da memória com a literatura para o estudo da conservação da identidade cultural de Moçambique, que é refletida, de forma ambivalente, pelo autor moçambicano. Na investigação literária, orientou-se pelos pensamentos basilares de Bosi, Halbwachs e Paul Ricouer para a discussão dos processos mnemônicos na construção da narrativa literária, assim como os de Chiampi no estudo dos realismos maravilhoso e fantástico para a obra analisada no que se refere à tradição moçambicana / africana. Ao término da pesquisa, identificou-se que os realismos maravilhoso e fantástico contribuem para a interrogação da tradição moçambicana e são utilizados com uma perspectiva diferente na construção da narrativa por Mia Couto. Somados a isso, observou-se também que a memória perpassa toda a obra literária por meio do espaço, da palavra e do indivíduo, que, ao mesmo tempo, rememora e esquece, contribuindo assim para a interrogação dos ícones culturais moçambicanos na contemporaneidade. |