A federação enquanto topos na construção do estado-nação: formalismo como retórica estratégica em Rui Barbosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: BARRETO, Laila Iafah Goes
Orientador(a): CASTRO JÚNIOR, Torquato da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14089
Resumo: O tema da presente dissertação refere-se ao federalismo desenvolvido por Rui Barbosa no final do séc. XIX. A obra ruiana Queda do Império é utilizada como fonte dos argumentos justificadores da opinião federalista. O objetivo específico é investigar a inserção do discurso jurídico-político de matiz norte-americana no Brasil. Tal investigação realiza-se sob uma perspectiva retórica, ou seja, a história da ideia “federação” é percebida como realidade criada a partir dos símbolos linguísticos. É a análise retórica proposta por Ottmar Ballweg, a qual abrange os níveis retóricos material, estratégico e analítico. O capítulo primeiro trata das escolhas éticas feitas por Rui Barbosa, que influenciaram sua teoria federalista. A partir daí, seguindo a divisão de Ballweg, o capítulo segundo caracteriza os discursos difundidos no Brasil da segunda metade do séc. XIX, correspondendo à análise do nível material. Em seguida, são desnudadas as estratégias forjadas para convencer a nação e, pois, as estruturas tópicas e as figuras de linguagem empregadas. O capítulo terceiro trata das práticas utilizadas para desconstruir o discurso monarquista e o quarto daquelas criadas para construir o federalismo brasileiro. É o nível estratégico. Por fim, o capítulo quinto destina-se à abordagem dos problemas das eventuais continuidade e originalidade da teoria ruiana. É o nível analítico. Conclui-se que, a despeito de isolar-se de outras correntes de pensamento federalistas nacionais (descontinuidade), Rui Barbosa soube adaptar o modelo internacional às contingências internas, tornando-se inovador (originalidade).