Influência antrópica e condição biológica de vegetação de mangue na pandemia da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: RIBEIRO, Beatriz Alves
Orientador(a): PIMENTEL, Rejane Magalhães de Mendonça
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45599
Resumo: Os manguezais são formações vegetais de valor ambiental, ecológico, econômico e cultural, estando inserido na categoria de Área de Proteção Permanente (APP), na qual apresenta a função ambiental e ecológica de preservar os recursos hídricos, a biodiversidade, entre outros. Nesse sentindo, o estudo objetiva avaliar os efeitos da ação antrópica em áreas de manguezal no início da pandemia da COVID-19, analisando a dinâmica dos fragmentos vegetais e as manchas de vegetação mangue. Foram utilizadas imagens do sistema de nano satélites Planetscope, Landsat 5 e Landsat 8, por meio da aplicação de índices específicos vinculados à clorofila ativa (NDVI-Normalized Difference Vegetation Index, SAVI-Soil Adjusted Vegetation Index, EVI- Enhanced Vegetation Index, ARVI- Atmospherically resistant vegetation index e CO2_flux), e ao conteúdo hídrico (NDWI- Normalized Difference Water Index). Métricas em ecologia da paisagem foram aplicadas na análise da condição biológica da vegetação e influência antrópica, foram obtidos dados sobre o quantitativo de veículos que circulam na cidade de Recife-PE no início da pandemia da COVID-19 e dados sobre a temperatura da superfície. Ao analisar a condição biológica da vegetação, com relação aos índices, foram observadas alterações no interior dos fragmentos de mangue, principalmente nas áreas próximas à borda e em manchas mais lineares e alongadas, indicando quadros de fragilidade ambiental. Esse fator pode estar vinculado à perda de vegetação analisada pelas métricas da paisagem, entre os anos 2010, 2017 e 2020 (período da implementação da Via Mangue). Não houve redução significativa com relação ao quantitativo de veículos, mesmo no período de recomendações de isolamento social. Um aumento da temperatura da superfície entre os anos 2019 e 2020, é um fator que pode estar vinculado ao aumento das atividades antrópicas. Os dados convergem para uma condição de perturbação ambiental nos fragmentos de mangue da cidade de Recife-PE no início da pandemia da COVID-19, gerada pelas mudanças na paisagem, ao longo dos anos.