A rotina na educação infantil : a infância e as crianças em seus dizeres, fazeres e aprenderes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CARVALHO, Nádia Priscila de Lima
Orientador(a): SALLES, Conceição Gislâne Nóbrega Lima de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39560
Resumo: A presente pesquisa versa sobre o cotidiano escolar na Educação Infantil, considerando os dizeres, fazeres e aprenderes das crianças nesse espaço-tempo. Fala-nos da rotina e da organização diária escolar, delineando concomitante as tessituras inventivas da infância que ocupa – e ressignifica - este espaço institucional. Assim, objetivou-se, de maneira geral, compreender como a rotina escolar é vivenciada pelas crianças de um anexo de atendimento Pré-escolar e, especificamente, identificar a configuração desta rotina escolar e a sua respectiva compreensão por esta infância que vai à pré-escola. Fazendo o uso de uma abordagem qualitativa com enfoque etnográfico, a pesquisa em questão deu-se na turma de Educação Infantil - com crianças de 4-5 anos - de uma Escola-Anexo de atendimento pré-escolar, utilizando enquanto procedimentos metodológicos o uso da observação-participante e do diário de campo, a produção de desenhos e a realização de rodas de conversações com as crianças. Para fundamentar os movimentos teóricos sobre a infância, conversamos com autores como Kohan (2004, 2007, 2017b); Skliar (2003, 2012, 2019) e Larrosa (2006, 2016, 2017) devido os seus olhares atentos voltados à infância, trazendo-a como experiência e novidade. No que diz respeito à Educação Infantil e à sua rotina, aportamos em Oliveira (2002); Guimarães (2017); Bujes (2001); Zabalza (1998), Barbosa (2006); Kuhlmann Júnior (2015); Staccioli (2013, 2018) e Lino (1998) para subsidiar a discussão acerca da importância de uma Educação Infantil que contemple de forma respeitosa as especificidades das crianças neste segmento. Não obstante, Certeau (1998); Alves (2008a, 2008b) e Ferraço (2003, 2008) abordam o cotidiano e toda a sua potencialidade criativa, enquanto mecanismos para (re)pensar a interação das crianças nos seus espaços-tempos escolares. Com base nos resultados obtidos, foi-nos possível observar que em meio à rotina escolar, encontros não-lineares e ininterruptos de (des)construções, criações e imprevisibilidades foram traçados no interior da instituição educativa pesquisada, expressos, sobretudo, nos aprenderes-fazeres das próprias crianças. A infância, através da sua singularidade, tece diferentes formas de apreensão e integração da rotina escolar imposta e, por meio dos seus múltiplos gestos, sinalizam um encontro possível entre crianças e uma pré-escola.