Salicaceae na Mata Atlântica do Nordeste Oriental
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33315 |
Resumo: | Salicaceae se distribui de forma pantropical, com centro de diversidade nas Américas Central e Sul. Possui três subfamílias, Samydoideae, Scyphostegioideae e Salicoideae, abrangendo 1.010 espécies dentro de 54 gêneros. No Brasil é representada por 99 espécies, 37 endêmicas, circunscritas em 18 gêneros. O objetivo desse estudo foi realizar o levantamento taxonômico das espécies da família que ocorrem na Mata Atlântica do Nordeste Oriental, contribuindo para o conhecimento da diversidade do grupo. O Nordeste Oriental do Brasil é composto pelos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Abrange os centros de endemismos Brejos Nordestinos e Pernambuco. O primeiro compreende os enclaves de Mata Atlântica com fitofisionomia de Floresta Estacional Semidecidual Submontana e Montana, que ocorrem no semiárido brasileiro, e o segundo engloba a zona costeira de Mata Atlântica com fitofisionomia de Floresta Ombrófila de Terras Baixas, Submontanas e Montanas, Restingas e Manguezais, que ocorrem desde o Rio Grande do Norte a Alagoas. Foram realizadas visitas às coleções de 26 herbários, além de várias expedições de coletas. Os materiais coletados foram herborizados e incorporados no acervo do herbário UFP, sendo as duplicadas enviadas para os herbários EAC, HUVA, JPB e RB. Foram catalogadas 25 espécies distribuídas em cinco gêneros para a Mata Atlântica do Nordeste Oriental. Pernambuco (20 spp.) foi o estado mais representativo, seguido por Ceará (17 spp.), Paraíba (16 spp.), Alagoas (15 spp.) e Rio Grande do Norte (9 spp.). As espécies Banara nitida, Casearia aculeata, C. souzae, C. ulmifolia, Macrothumia kuhlmannii e Xylosma glaberrima são novos registros para a Mata Atlântica do Nordeste Oriental do Brasil, e C. marquetei que foi descrita como nova espécie para os estados da Paraíba e Pernambuco. Dentre os 25 táxons encontrados neste estudo, um é classificado com distribuição ampla e contínua, 14 com distribuição ampla e disjunta, seis com distribuição restrita e contínua e um com distribuição restrita e disjunta. Além disso, três espécies possuem distribuição essencialmente restrita, ocorrendo somente em uma localidade. Dentre as espécies registradas para Pernambuco, seis foram reportadas para a Usina São José, sendo Casearia selloana Eichler um novo registro para o estado. Das 17 espécies ocorrentes no estado do Ceará, nos resquícios de Mata Atlântica e nas fitofisionomias de Caatinga, oito são novas ocorrências: Banara nitida, Casearia hirsuta, C. lasiophylla, C. mariquitensis, C. souzae, C. ulmifolia e Xylosma prockia. Além disso, dentre as unidades fitoecológicas do Ceará, a Mata úmida do sedimentar foi a mais representativa com 12 espécies. Nesta pesquisa, as espécies Banara nitida, Casearia marquetei, C. souzae, Macrothumia kuhlmannii, Xylosma prockia e X.pseudosalzmannii tiveram sua distribuição geográfica expandida. Também foram realizadas análises morfométricas entre Casearia arborea e C. grandiflora no Brasil, onde se corroboraram as duas espécies, principalmente na Amazônia, Caatinga e Cerrado. Entretanto, na Mata Atlântica, foi constatada grande sobreposição morfológica, indicando uma possível zona de hibridização entre os táxons. |