O gênero Malanea Aubl. (Rubiaceae, Guettardeae) na Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: ROXO, Rafaela Sales Pereira
Orientador(a): BARBOSA, Maria Regina de Vasconcellos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53509
Resumo: Malanea é um gênero neotropical de Rubiaceae, tribo Guettardeae, que possui cerca de 15 espécies reconhecidas nas florestas úmidas, em áreas próximas à corpos d’água ou áreas alagadas do Brasil. Na Mata Atlântica, até então, são registradas nove espécies, sendo cinco endêmicas do domínio. Essas são caracterizadas pelo hábito trepador ou arbustivo escandente, estípulas terminais, inflorescências axilares multifloras, flores sésseis com hipanto turbinado, corola com fauce pilosa e frutos drupáceos. Embora trabalhos locais e regionais tratem de forma pontual o gênero, não há um tratamento taxonômico detalhado de todas as espécies que ocorrem no Domínio da Mata Atlântica. A anatomia vegetal tem se revelado como uma importante ferramenta adicional para a taxonomia de diversos gêneros da família Rubiaceae. Diante disso, o objetivo principal desta pesquisa consiste no estudo taxonômico e anatômico das espécies de Malanea registradas para a Mata Atlântica, buscando encontrar caracteres anatômicos qualitativos adicionais à sua taxonomia. Foram realizadas expedições de coleta em remanescente de floresta no domínio; os espécimes foram herborizados e depositados no herbário JPB. Foram visitados nove herbários brasileiros para análise do acervo; a identificação do material realizou-se através dos protólogos e literatura especializada. Foram reconhecidas sete espécies de Malanea, das quais seis endêmicas da Mata Atlântica. Realizou-se a tipificação de quatro espécies, elaboraram-se chave de identificação, descrições detalhadas, ilustrações e mapas de distribuição das espécies, assim como foi analisado o seu status de conservação. Como resultados, a distribuição geográfica de quatro espécies foi ampliada, e o status de conservação calculado revelou três espécies em perigo, três espécies vulneráveis e apenas uma em estado menos preocupante. Observou-se que tricomas, parênquima paliçádico, bordo foliar, domácias, contorno da nervura e pecíolo são caracteres distintivos para as espécies estudadas, contribuindo com novos elementos para subsidiar a sua delimitação.