Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Luiz Antonio De |
Orientador(a): |
LIMA, Antonio Carlos Motta de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/727
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Resumo: |
No litoral sul do Rio Grande do Norte, surge um novo santuário com a promoção do culto a personagens históricas, os mártires de Cunhaú . O relato do evento ocorrido na capela de Nossa Senhora das Candeias do antigo engenho Cunhaú, no dia 16 de julho de 1645, é encenado nas comemorações. Neste trabalho é pretendido mostrar como este relato foi elaborado e se constituiu numa trama histórico-religiosa onde o passado é teatralizado. Nesta trama, instituída com as celebrações e campanha pela beatificação dos mártires, aparecem as estratégias de construção de santos locais . Estes se tornaram bem aventurados da Igreja Católica por contraste com as ações antagonistas dos seus agressores. As releituras presentes do evento que marcou o passado colonial local, desse modo, também ajudam na fabricação de alteridades históricas . Na tradição oral do lugar que examinamos, o modelo eclesiástico dos mártires tende a ser reelaborado pela referência a outros personagens da colonização, que aparecem nos monumentos ou na natureza. Do conjunto de representações do passado em Cunhaú é apontada a emergência de um hagiário mestiço que nutre a idéia de uma autoctonia santificada . A condição sagrada do lugar e de seus personagens ancestrais é acionada pelas imagens de um martírio encenado |