Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
SÁ, Maria Manuela Correia Barbosa de |
Orientador(a): |
PEDROSA, Maria Isabel Patrício de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39166
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Resumo: |
Este trabalho tem o objetivo de investigar como estudantes de 10 a 14 anos reagem em situações hipotéticas de conflito interpessoal no ambiente escolar. Os conceitos de autonomia moral e de habilidades sociais ou socioemocionais subsidiam a proposta buscando compreender como crianças e adolescentes costumam lidar com os conflitos, seus estilos de resolução e os sentimentos envolvidos. Participaram da pesquisa 69 estudantes do 6º ano, do ensino fundamental, anos finais, de uma escola estadual do Recife-PE. Elas foram convidadas a responder ao instrumento Children´s Action Tendency Scale (DELUTY, 1981), que apresenta dez situações de conflito interpessoal passíveis de ocorrer entre crianças ou adolescentes no espaço escolar. Os resultados obtidos indicam a predominância de comportamentos submissos de meninos e meninas; porém, em um dos itens, as meninas revelaram mais comportamentos categorizados como agressivos. Quanto aos sentimentos, os participantes relataram frequentemente sentimentos negativos pouco definidos, ou negativos de não aceitação da ação alheia geralmente associados a reações agressivas, o que pode indicar dificuldades de compreensão e expressão dos sentimentos e pouco controle emocional. A maioria dos participantes também indicou acreditar que suas reações às situações propostas seriam aprovadas pelos seus professores ou professoras. A partir destes resultados, refletimos que os participantes da pesquisa demonstram dificuldade em apresentar comportamentos considerados assertivos e autônomos para a sua faixa etária, o que pode sugerir a necessidade de maior atenção para o ensino de tais habilidades. A escola é uma instituição à qual se atribui o papel de socialização secundária das crianças. Nesse espaço educacional, é fundamental que o estudante possa se desenvolver integralmente, ou seja, do ponto de vista ético, moral, cognitivo, motor, social e emocional. A nossa observação é de que existe uma supervalorização do conhecimento acadêmico em detrimento de outras habilidades essenciais para o crescimento pessoal e o convívio social saudável. Questionamos, então, o que a escola poderia ou deveria proporcionar às crianças e adolescentes para seu desenvolvimento integral. |