Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
PIMENTEL, Cristine Helena Limeira |
Orientador(a): |
JUCÁ, José Fernando Thomé |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38723
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Resumo: |
O modelo de gestão dos resíduos sólidos municipais é a base de qualquer planejamento de percursos de coletas, tratamentos e disposição final ambientalmente adequada. Os estudos prévios incluem as quantidades e composição dos resíduos coletados, as rotas tecnológicas também favorece o conhecimento do fluxo dos resíduos e seus custos. Essas informações permitem uma melhor análise das possibilidades de aplicação de novas tecnologias ou formas de gerir os resíduos de determinada localidade. A presente pesquisa tem como objetivo analisar as rotas tecnológicas dos resíduos sólidos urbanos – domiciliares, comerciais e públicos – no município de João Pessoa. O estudo foi desenvolvido a partir de um aprofundamento acerca da gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) do município, do levantamento da massa coletada de resíduos, da quantificação gravimétrica dos mesmos, roteirização do percurso da coleta indiferenciada e da estruturação da rota tecnológica existente. Por meio da metodologia empregada, que consistiu de levantamentos bibliográficos e documentais do órgão que gerencia os resíduos em João Pessoa, a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (EMLUR), entrevistas e análise sistemática do fluxo dos resíduos, pôde-se verificar, após discussões e análises que houve um aumento de 23% da geração per capita do município em 13 anos. Os levantamentos indicaram que a coleta seletiva cobre 20,56% da área do município e atinge 20,12% da população. Em uma série histórica de 10 anos observou-se que o aproveitamento dos recicláveis nos Núcleos e no Galpão de Triagem do Aterro variou de 40% a 60%. Do total de resíduos coletados pela coleta convencional (indiferenciada) 1,32% é comercializado pelo sistema de coleta seletiva. Através dos estudos dos custos das rotas, a pesquisa concluiu que as rotas que envolvem a coleta seletiva chegam a custar mais que o dobro da coleta convencional, isso é uma das justificativas para o pouco investimento no setor. Diante dos resultados, buscou-se fazer proposituras de rotas tecnológicas que pudessem ser, posteriormente, avaliadas e aproveitadas para a otimização dos fluxos dos resíduos e dos custos, além do cumprimento ao estabelecido pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos - PNRS e Política Municipal dos Resíduos Sólidos, de maneira a permitir o equilíbrio e a responsabilidade também por parte da população na gestão dos resíduos. Além disso foram apresentadas rotas que consideraram a possibilidade de incremento de tratamento biológico à massa orgânica, que também pode ser associada a parte inorgânica por meio de um tratamento mecânico-biológico, além de opções com aproveitamento energético dos resíduos e do biogás do aterro sanitário. Após esses estudos com rotas tecnológicas, pode-se concluir que a gestão dos resíduos sólidos urbanos no município de João Pessoa/PB possuem rotas tecnológicas que permitem o envio de uma mínima quantidade de resíduos para reciclagem, apenas 0,48% dos resíduos gerados. A rota que promove o tratamento físico dos resíduos tem um custo final de R$ 39.135,11 enquanto que a rota sem tratamento tem um custo de R$ 3.149.753,19, o que sugere que o modelo de gestão do município reveja seus processos. |