O desenho institucional e a expansão dos Institutos Federais como sínteses das disputas estabelecidas pelo bloco do poder no governo Lula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SANTOS, Íkaro de Paula
Orientador(a): SILVA, Jamerson Antônio de Almeida da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29572
Resumo: O presente estudo teve por objetivo analisar como as disputas estabelecidas no bloco do poder foram sintetizadas na refuncionalização e expansão dos Institutos Federais. Com vistas a atingir tal objetivo, buscamos analisar, nos documentos publicados pelas respectivas frações de classe, suas concepções e bandeiras acerca da educação e mais especificamente sobre a educação profissional. De modo a caracterizar as frações de classe e suas respectivas pautas no processo de criação e expansão dos Institutos Federais; verificar o quanto desses projetos foram incorporados e/ou rechaçados na formulação da política de criação e expansão dos Institutos Federais; e identificar a função da expansão dos Institutos Federais na articulação com as bandeiras das frações de classe do bloco no poder. A pesquisa foi desenvolvida a partir da abordagem hermenêutico-dialética. Tivemos como base teórica os estudos de Poulantzas (1977), Boito Jr. (2003, 2006), Frigotto (2003, 2010), Müller (1989), Ciavatta e Ramos (2011), dentre outros. Como alguns dos nossos resultados, identificamos que a política dos Institutos Federais tem bastante eco nos sentidos atribuídos a educação profissional e tecnológica por parte das classes que constituíram o bloco no poder; Percebeu-se também que o atendimento de certos interesses da classe trabalhadora na política, não chegaram a causar maiores transformações no conjunto da correlação de forças, apresentando-se muito mais como uma concessão necessária a manutenção da hegemonia do bloco no poder em especial do capital financeiro e industrial.