Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Pereira da Silva Reichert, Altamira |
Orientador(a): |
de Carvalho Lima, Marilia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9179
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Resumo: |
O acompanhamento sistemático do desenvolvimento neuropsicomotor nos dois primeiros anos de vida é de fundamental importância, pois é nesta fase que as crianças melhor respondem aos estímulos do meio ambiente, facilitando o desenvolvimento adequado ou recuperação de um possível atraso em tempo hábil. Observa-se que os enfermeiros não estão preparados para realizar a vigilância do desenvolvimento infantil, pois sua consulta está mais dirigida para o acompanhamento do crescimento, em detrimento da avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor. Esta tese teve como objetivo implementar e avaliar o impacto de um programa de capacitação em vigilância do desenvolvimento infantil no contexto da Atenção Integral às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI), dirigido a enfermeiros e avaliar as dificuldades e facilidades enfrentadas por eles durante o processo de operacionalização desta intervenção educativa. O estudo realizado inicialmente foi quase experimental, do tipo antes-depois, em uma amostra constituída por 45 enfermeiros do Distrito Sanitário III da cidade de João Pessoa PB, que atuam em Unidades de Saude da Família, e 225 mães de crianças menores de dois anos. A intervenção consistiu da realização de oficinas de capacitação com os enfermeiros sobre vigilância do desenvolvimento infantil. Para a capacitação, foi utilizado, como referência, o Manual de Vigilância do Desenvolvimento Infantil no Contexto da AIDPI. A coleta de dados ocorreu de novembro de 2008 a abril de 2009, em três etapas: a primeira correspondeu à avaliação das práticas dos enfermeiros com relação à vigilância do desenvolvimento infantil. As mães também foram entrevistadas após atendimento do seu filho pelo enfermeiro; na segunda etapa, aplicou-se um pré-teste com os enfermeiros para avaliar seus conhecimentos relacionados ao desenvolvimento infantil antes da capacitação; na terceira etapa, esses mesmos instrumentos foram repetidos quatro meses após a capacitação para os enfermeiros e mães. Houve aumento significante de 1,2 pontos na média de acertos das questões sobre marcos do desenvolvimento infantil após a intervenção. As práticas de vigilância do desenvolvimento aumentaram de 80% para 91%. Todos os enfermeiros passaram a perguntar a opinião das mães sobre o desenvolvimento dos seus filhos e houve um aumento na utilização de instrumento sistematizado para avaliação do desenvolvimento. Todos os enfermeiros afirmaram orientar as mães sobre como estimular o desenvolvimento da criança. Posteriormente, no período de maio a julho de 2009 realizou-se um estudo com abordagem qualitativa com onze enfermeiros que participam de oficinas de capacitação. Os dados foram analisados a partir do método de análise de conteúdo, utilizando-se a modalidade temática. Foram identificados três núcleos temáticos: pontos dificultadores para aplicar os conhecimentos adquiridos; pontos facilitadores proporcionados pelo curso e transformação da prática a partir dos conhecimentos adquiridos na capacitação. Conclui-se que a intervenção educativa se mostrou efetiva, levando a transformação das práticas dos enfermeiros, a partir da inclusão da vigilância do desenvolvimento infantil, às ações realizadas na Estratégia de Saúde da Família. Recomendamos a necessidade de incorporar conteúdos sobre esta temática no ensino de graduação em Enfermagem, Pediatria e em Residências de saúde da família, saúde da criança e na estratégia de Saude da Família |