A identidade profissional da enfermeira na estratégia saúde da família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lima, Fátima do Rosário de Oliveira
Orientador(a): Fagundes, Norma Carapiá
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12132
Resumo: O estudo teve como objetivo evidenciar a identidade profissional da enfermeira na Estratégia Saúde da Família (ESF). Esta identidade evidencia-se a partir da articulação entre a “identidade atribuída por outros”, definida aqui pelas atribuições profissionais, e a “identidade para si”, baseada em atividades do cotidiano do trabalho com as quais a profissional se identifica. As identidades vêm sendo discutidas como um processo em continua transformação, influenciadas pelo local de inserção no trabalho. Desse modo, analisou-se as atividades realizadas pela enfermeira inserida na ESF. Foram utilizadas portarias e legislações que regem a profissão da enfermeira. Para a coleta de dados de campo, foram realizados dois grupos focais com enfermeiras que atuam na ESF da cidade de Salvador, BA. As análises dos documentos e dos grupos focais foram feitas a partir da descrição das atribuições delegadas a enfermeiras pelas organizações e instituições que normatizam o trabalho na ESF e das atividades incorporadas pelas enfermeiras em seu cotidiano de trabalho, elaborando-se quadros comparativos com base nos processos de trabalho: assistencial, gerencial e educacional. Os resultados das análises mostram as atividades assistenciais como as mais frequentes no cotidiano de trabalho das enfermeiras na ESF. As atividades de educação e de promoção à saúde são apontadas pelas enfermeiras como as que atribuem maior conteúdo identitário, apesar de não realizarem estas atividades com frequência. Estas contradições revelam dificuldades da enfermeira em identificar os traços identitários da profissão na ESF. Para as participantes dos grupos focais, as atividades gerenciais são as que atribuem menor conteúdo identitário ao seu trabalho. A investigação possibilitou evidenciar que a identidade da enfermeira na ESF é plural, devido a sua inserção em múltiplos processos de trabalho: assistencial, gerencial e educacional e que existem diferenças significativas entre a identidade atribuída pelas organizações de saúde e instituições normalizadoras do trabalho e a identidade assumida pelas enfermeiras. Entendendo que a formação de identidades ocorre em um processo em contínua transformação, evidencia-se a necessidade de que novos estudos sejam realizados para um melhor entendimento de como esse processo ocorre e o que ele revela em cada contexto, bem como da instituição de espaços nos serviços de saúde e nas instituições de ensino de reflexão sobre o tema.