Trabalho, sociabilidade e exclusão social: o caso dos bagulhadores do lixão de Aguazinha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: ARAUJO, Lídice Maria Silva de
Orientador(a): MARTINS, Paulo Henrique N.
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Antropologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17010
Resumo: O objetivo deste estudo é analisar o fenômeno da exclusão social, os elementos e circunstâncias que contribuem para esse processo na sociedade atual. Parti do suposto que a exclusão é o resultado da conjunção de dois vetores: a precarização do trabalho e a ruptura do vínculo social. As dificuldades de inserção profissional, a ausência de perspectivas de acesso a um emprego estável, a degradação do mercado de trabalho e o desemprego, são circunstâncias que alimentam a fragilidade das redes de sociabilidades - particularmente no âmbito familiar -, e podem conduzir aqueles que vivenciam tal situação a profundos sentimentos de angústia, inferioridade e humilhação, ao isolamento social e, por fim, à exclusão. Pretendi demonstrar essa hipótese através de uma pesquisa etnográfica realizada com um grupo de catadores de lixo que trabalham e moram dentro de um lixão num bairro da periferia da Região Metropolitana do Recife, submetidos a um cotidiano de limites e restrições. Através dos dados obtidos tracei um perfil dos catadores e mostrei as condições de vida, como se constituem as relações sociais e as identidades na periferia do mercado de emprego.