Abordagem psicológica do problema de aprendizagem escolar: o que nos ensina a criança que não aprende?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Vasconcellos Pires Ferreira, Patrícia
Orientador(a): Tarcisio da Rocha Falcão, Jorge
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8831
Resumo: Este trabalho teve por objetivo investigar os problemas de aprendizagem escolar de crianças da segunda série do Ensino Fundamental, a partir do olhar da Psicologia, entrelaçando cognição e afetividade. Apesar de o fracasso escolar ter múltiplas causas, fizemos o recorte para a situação em que o mesmo assume a forma de sintoma, denunciando, na linguagem da nossa sociedade, o seu mal-estar. Entrevistamos professoras e seus alunos, seguindo um roteiro básico, e solicitamos que os mesmos desenhassem uma situação de ensino-aprendizagem; para as crianças solicitamos, também, o desenho de suas famílias. Todos esses dados foram interpretados tendo como corpo teórico principal a proposição de Alícia Fernandez, segundo a qual a criança que não consegue aprender pode estar se defendendo de algo que não pode traduzir em palavras. Também baseamos as nossas reflexões nas idéias de Jean Piaget, Sigmund Freud, L. Vygotsky, Jerome Bruner, Antonio Damásio, Anny Cordié, Sara Paim, no que se refere às possíveis articulações entre a cognição e afetividade no processo de aprendizagem. Observamos que as professoras têm a compreensão de que o fracasso escolar de seus alunos pode ultrapassar as questões pedagógicas, sendo perpassado pela afetividade. Por diferentes caminhos, as crianças nos deram pistas das possíveis causas do seu sintoma. Acreditamos que a Psicologia tem um importante papel a desenvolver nas comunidades escolares, ajudando na compreensão mais ampla do problema de aprendizagem, assim como, junto às famílias, favorecendo uma re-elaboração da relação da criança com a aprendizagem escolar