Contextos de institucionalização da velhice e representações sociais da morte : a perspectiva de idosos institucionalizados
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38194 |
Resumo: | O envelhecimento populacional se apresenta como tema de crescente interesse por tratar-se já há alguns anos de um fenômeno mundial. No Brasil, este processo vem ocorrendo de modo mais acelerado e mudanças ocorridas nos últimos tempos na dinâmica da sociedade e estrutura familiar refletem no suporte prestado aos idosos pela família, aumentando a necessidade de dispositivos alternativos de cuidados. Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) são cada vez mais alternativa de morada para essa população. No conhecimento do senso comum há uma forte associação entre a morte e estas instituições, as quais são muitas vezes consideradas “depósitos de idosos à espera da morte”. E observa-se que a morte é também, desde a antiguidade, social e culturalmente atrelada à velhice. Portanto, o presente estudo objetivou compreender as representações sociais da morte e do morrer para idosos em ILPIs. Participaram do estudo 15 idosos residentes em ILPI pública, privada ou filantrópica do Recife. Para coleta, foram utilizados uma entrevista semiestruturada e um questionário de identificação. As entrevistas foram submetidas à análise de conteúdo de Bardin e identificamos 15 categorias temáticas, as quais foram divididas em dois eixos: significações da velhice em ILPIs e significações da morte. Observou-se que os idosos da ILPI pública apresentavam um acúmulo de vulnerabilidades. A morte é representada como um evento natural e inevitável, nem sempre temida. As representações sociais de morte remetem aos sentimentos despertados por ela, ligados a dor, sofrimento e perda e são fortemente ancoradas no universo religioso. Embora acreditem no sentido de finitude orgânica, os idosos religiosos, sobretudo da ILPI filantrópica, presumem a passagem para um plano espiritual. Há certa aproximação entre as representações de velhice e da morte, especialmente nas ILPIs privada e filantrópica, onde estão presentes ideias de velhice associadas a doenças e declínio, sendo a morte já esperada, ao passo que na ILPI pública há ênfase numa perspectiva mais positiva sobre a velhice e a vida no presente e no futuro, sendo a morte encarada com certo conformismo e impotência pelo que não pode ser mudado. A morte e o morrer, portanto, circulam direta ou indiretamente nos espaços das ILPIs, fazendo parte dos discursos, guiando condutas e práticas, integrando as formas de relacionar-se com a realidade. |