Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
BRASIL, Mikael Lima |
Orientador(a): |
MARTELLI, Petrônio José de Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35131
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Resumo: |
Esta pesquisa de dissertação traz reflexões sobre o processo de trabalho em saúde, no cenário da atenção psicossocial, a partir das memórias de profissionais que exercem suas práticas de trabalho em Centros de Atenção Psicossocial, referenciando contextos que tencionam práticas de desinstitucionalização e ancoram a lógica do trabalho em rede como substancial para a reafirmação da Reforma Psiquiátrica. Assim, teve-se como objetivo geral analisar sentidos sobre o processo de trabalho, em saúde mental, antes e após a constituição da Rede de Atenção Psicossocial da cidade de Recife-PE. Este desenvolveu-se através dos seguintes objetivos específicos: identificar elementos trazidos por trabalhadores de Centros de Atenção Psicossocial em relação ao processo de desinstitucionalização na cidade de Recife; refletir o discurso de trabalhadores de CAPS quanto aos processos de trabalho na RAPS na atualidade; e desvelar sentidos dados por profissionais de CAPS no levantamento de perspectivas para a atenção psicossocial em cenários atuais e posteriores. Para o seu alcance, metodologicamente se realizou um estudo de campo exploratório que se balizou nas perspectivas da abordagem qualitativa, cujos critérios analíticos se estruturaram por meio da análise do discurso de entrevistas semiestruturadas alcançadas com doze mulheres profissionais da rede. A análise culminou na produção de dois artigos que refletem as perspectivas sobre o ontem e o hoje, encadeando ideias sobre a importância da desinstitucionalização e a atual lógica que norteia o processo de trabalho em saúde em rede, bem como as potencialidades desse trabalho no atual cenário de entraves e conflitos que colocam em questão tensões que julgam os ideais da Reforma Psiquiátrica. Assim, chegou-se à conclusão de que os encontros com as profissionais proporcionaram análises que culminam na agregação de fragilidades no processo de trabalho, bem como uma produção discursiva que carrega, no decorrer do tempo, importantes características que traduzem uma semântica de enfrentamento aos entraves que vão contra o trabalho em rede e em saúde mental. São algumas delas: trabalhar a intersetorialidade, capilarizar os saberes, compreender o trabalho em equipe, reconhecer a importância da desinstitucionalização, articular-se com outros dispositivos, negar a instituição psiquiátrica e o asilamento, bem como a expressão de receio com os mudanças no cenário político. |