Efeito agudo da cicloergometria passiva e da estimulação elétrica neuromuscular sobre o estresse oxidativo e citocinas inflamatórias em pacientes críticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: FRANÇA, Eduardo Eriko Tenório de
Orientador(a): CASTRO, Celia Maria Machado Barbosa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23743
Resumo: A fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva (UTI) é um dos principais distúrbios que comprometem o paciente crítico. Acredita-se que a sinergia entre estresse oxidativo, citocinas inflamatórias e o imobilismo, provoca ou acelera esta fraqueza muscular. A estimulação elétrica neuromuscular (EENM) e a cicloergometria passiva (CEP) visam à prevenção da hipotrofia e melhora funcional, favorecendo a redução da permanência na UTI, porém seus efeitos sobre estresse oxidativo e os parâmetros da resposta imune permanecem desconhecidos. O objetivo da tese foi analisar o efeito da EENM e da CEP sobre o estresse oxidativo e as citocinas inflamatórias em pacientes críticos. O trabalho de tese descreve um estudo randomizado, controlado em uma amostra de 35 pacientes de ambos os sexos que estavam sob ventilação mecânica e internados na UTI do Hospital Agamenom Magalhães. Os pacientes foram divididos em quatro grupos: grupo CEP (n = 9) - submetidos ao cicloergômetro passivo por 30 ciclos/min nos membros inferiores durante 20 minutos; grupo controle (n = 10) - não se submeteram a nenhuma intervenção terapêutica durante o estudo; grupo EENM (n = 9) - realizou somente a EENM no músculo quadríceps de ambos os membros por 20 minutos e o grupo EENM e CEP (n = 7): realizaram as duas intervenções, EENM e CEP. Foram analisados em 20 ml de sangue, os níveis séricos de óxido nítrico (ON) e algumas citocinas inflamatórias (Fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interferon gama (IFN-γ) e interleucinas 6 (IL-6) e 10 (IL-10)) antes e após o protocolo do estudo. Em relação aos nossos resultados, nossas variáveis demográficas e clínicas entre os grupos foram homogêneos, o que possibilitou a comparação entre eles. A análise de ON mostrou redução significativa da produção do ON em células estimuladas após o uso da CEP (p < 0,001) e EENM (p < 0,05) em relação ao grupo controle. Para diferença entre a produção do ON, antes e depois do protocolo de estudo, na célula não estimulada, observamos uma redução significativa, apenas no grupo sumetido a CEP (p < 0,001) comparado ao grupo controle. Quanto às citocinas inflamatórias, observou-se apenas uma redução significativa na concentração de TNF-α, comparando antes e após a aplicação do protocolo de estudo, no grupo submetido a CEP (p = 0,049) e para as outras citocinas inflamatórias não foram observadas diferenças nos outros quatro grupos. Podemos concluir que tanto a CEP como a EENM promoveram redução dos níveis de ON, mostrando efeitos benéficos na redução do estresse oxidativo. Com relação ao comportamento das citocinas, observou-se que a aplicação da CEP foi à única terapêutica capaz de reduzir a concentração de TNF-α, atuando na redução do processo inflamatório, comum em pacientes críticos.