Efeito da estimulação elétrica neuromuscular sobre o estrese oxidativo e citocinas inflamatórias em pacientes críticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: RIBEIRO, Luana Carneiro
Orientador(a): CASTRO, Celia Maria Machado Barbosa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25254
Resumo: A restrição ao leito em pacientes críticos que necessitam de ventilação mecânica (VM) por período prolongado proporciona inúmeros prejuízos ao sistema osteomioarticular. Esse descondicionamento físico provocado pelo repouso prolongado, associado ao estresse oxidatico e citocinas inflamatórias inerentes a doença crítica, acelera o desenvolvimento da fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva (UTI). A estimulação elétrica neuromuscular (EENM) surge como um recurso que tem como objetivo prevenir a hipotrofia e melhorar a funcionalidade, favorecendo a redução do tempo de internamento na UTI. No entanto, ainda são desconhecidos seus efeitos sobre o estresse oxidativo e citocinas inflamatórias nessa população. Este estudo teve como objetivo analisar o impacto da EENM sobre o estresse oxidativo e citocinas inflamatórias em pacientes críticos. Trata-se de um ensaio clínico, controlado e randomizado, composto por uma amostra de 19 pacientes internados na UTI do Hospital Agamenon Magalhães sob VM. Os pacientes foram alocados em 2 grupos: grupo EENM (n=09) – realizaram a EENM no ventre muscular do quadríceps de ambos os membros durante 20min e grupo controle (n=10) - não realizaram nenhum tipo de intervenção terapêutica no momento da coleta. Foram avaliados os níveis de óxido nítrico (ON) e de algumas citocinas inflamatórias específicas (TNF-α, IFN – γ, IL-6 e IL-10) antes e depois de uma hora do protocolo do estudo. Os principais resultados apontam que em relação às variáveis demográficas e clínicas, os grupos mostraram-se homogêneos, o que tornou possível a comparação entre eles. Quanto à produção do ON, percebemos uma redução significativa quando comparadas as análises antes e depois da célula estimulada (p= 0,018) e não estimulada (p=0,025) no grupo EENM. Ainda em relação ao ON, comparando os dois grupos, observamos uma redução significativa no grupo EENM quando comparado ao controle (p=0.003). Já com relação às citocinas inflamatórias avaliadas não observamos alterações significativas entre os grupos. Podemos concluir que a EENM aplicada a pacientes críticos em VM, foi suficiente para provocar redução na concentração de ON em apenas um sessão, sugerindo um efeito positivo deste recurso sobre o estresse oxidativo. Com relação às citocinas inflamatórias não foram encontrados efeitos após realização da EENM.