Sistemas nanoparticulados a partir do polissacarídeo modificado de Anacardium occidentale L. (goma do cajueiro) para o tratamento do HIV pediátrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: GARCIA, Katherine Lizet Carrera
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49907
Resumo: A Iniciativa Fármacos para Doenças Negligenciadas (DNDi) considera o HIV pediátrico como uma doença negligenciada. Até o fim de 2019, 38 milhões de pessoas contraíram HIV das quais 1,8 milhões são crianças. Nevirapina (NVP) é um dos fármacos mais utilizados para o tratamento do HIV, pertence à categoria dos medicamentos inibidores de transcriptase reversa, é um fármaco Classe II, de baixa solubilidade e alta permeabilidade, além de possuir elevada toxicidade. As demandas atuais para melhorar a eficácia deste fármaco envolve o desenvolvimento de novos sistemas de liberação, tendo como tendência os sistemas nanoparticulados. Neste contexto, biopolímeros tem apresentado interesse devido à baixa toxicidade, baixo custo e elevada disponibilidade. Com base nisso, o presente trabalho propõe o desenvolvimento um sistema de liberação nanoparticulado a partir da goma de cajueiro modificada revestido com quitosana para carrear NVP visando um tratamento mais eficaz contra o HIV pediátrico. A goma do cajueiro inicialmente foi modificada por acetilação e caracterizada por espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). Foram obtidas duas formulações de nanopartículas variando o solvente (acetona e acetona/DMSO) pela técnica de emulsificação e evaporação de solvente. Em seguida foram caracterizadas por tamanho, índice de polidispersão (PDI), carga de superfície, eficiência de encapsulação (EE) e capacidade de carga (DL). As nanopartículas NP1-NVP e NP2-NVP apresentaram tamanho de 221,3 nm e 127,2 nm com 80,9% e 89,6% de EE e Potencial Zeta de -39,7 mV e -44,7 Mv, com PDI de 0,293 e 0,167, respectivamente. Também foram desenvolvidas nanopartículas recobertas com quitosana nas concentrações 0,025% e 0,05% da formulação NP2- NVP, com tamanhos de 437,3 nm e 596,5 nm; 0,250 e 0,327 de PDI e Potencial Zeta de 54,3 mV e 62,5 mV, respectivamente. As formulações, com e sem recobrimento, apresentaram perfis de liberação prolongada. Segundo os resultados, pode-se demostrar que as formulações de NP2-NVP com e sem revestimento apresentaram características similares e potenciais para se comportarem como um sistema de liberação prolongada para administração oral da NVP.