Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Andreza Maria de |
Orientador(a): |
MACHADO, Laeda Bezerra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25636
|
Resumo: |
Nesta pesquisa, analisamos as representações sociais das famílias de estudantes da escola pública construídas por professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino do Recife-PE. Considerando princípios básicos da Teoria das Representações Sociais, partimos de dois pressupostos: 1º) as representações sociais das professoras são construídas na confluência de saberes de origens diversas; 2º) nessas representações, os saberes provenientes das relações cotidianas com os estudantes e suas famílias predominam e, por conseguinte, orientam as práticas das professoras. Propomos um modelo teóricoanalítico integrador para análise das representações. Este modelo está fundamentado em três categorias teóricas: a noção da polifasia cognitiva thematizada, os conceitos de sistema central e sistema periférico e as relações entre representações e práticas. Na discussão teórica sobre família, enfocamos autores como Scott (2011), Goldani (1993; 2005), Sarti (1995; 2008; 2011), Silva (2003; 2012), Nogueira (2006) e Thin (2006), que nos permitiram organizar duas categorias: “Família” como fenômeno histórico, social e concreto, e “Relação família-escola” como fenômeno histórico, social e concreto. Desenvolvemos a pesquisa, de natureza qualitativa, em três etapas interdependentes. Na primeira etapa, utilizamos, como procedimento de coleta, a Técnica de Associação Livre de Palavras e tivemos como participantes 100 professoras. Nesta etapa, analisamos o material recolhido com o auxílio do software EVOC e da técnica de análise de conteúdo. Para a segunda etapa, selecionamos um subgrupo de 50 participantes da etapa anterior, que responderam a um teste de questionamento do núcleo central. Analisamos as respostas desse teste com o apoio da técnica de análise de conteúdo. Subdividimos a terceira etapa da pesquisa em duas fases. Da primeira participaram 15 professoras, escolhidas dentre as 50 participantes da segunda etapa, com as quais realizamos uma entrevista semiestruturada. Na última fase, fizemos a observação de Plantões Pedagógicos coordenados por três participantes das etapas anteriores. Para analisar os depoimentos das entrevistas e os registros das observações também contamos com o auxílio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados confirmaram os pressupostos iniciais e foram além, o que nos fez propor a noção que chamamos polifasia cognitiva thematizada. A partir do desenvolvimento de tal noção, construímos um modelo teórico-analítico que se propõe integrador para o estudo das representações sociais. Os conteúdos que atravessam a estrutura interna das representações das famílias dos estudantes são compostos por pares de palavras que sugerem imagens concretas polarizadas. Identificamos uma themata central: “famílias estruturadas”/“famílias desestruturadas”, cujos saberes são provenientes de relações sociais diversas. Contudo, predominam os saberes provenientes das relações das professoras com os alunos e suas famílias, que recebe influências dos valores culturais. Portanto, apenas a thema “desestruturadas” assume a condição de núcleo central, que se torna um guia de ação. As representações sociais das famílias dos estudantes construídas pelas docentes, marcadas por relações de poder, abrigam possibilidades que levam desde a tentativas de consideração dos saberes das famílias até as práticas de exclusão. Ressaltamos a contribuição da pesquisa para as práticas pedagógicas e para elaboração de políticas educacionais, pois reconhecemos que toda intervenção deve considerar as representações sociais dos sujeitos. |