Martelo e flor: horizontes da forma e da experiência na poesia brasileira contemporânea
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29815 |
Resumo: | Este trabalho parte do contexto difuso e multifacetado da poesia brasileira contemporânea, e da interrogação de suas faces e de seus rumos, para postular cinco horizontes que, podemos considerar, a têm orientado. Para tal proposta, toma como base as configurações formais e experienciais inscritas nessa poesia e as perspectivas de temporalidade e espacialidade que dimensionam tais configurações. A consecução desta proposta segue uma linha hermenêutica de caráter transdisciplinar, recorrendo, para seu fundamento, à teoria da lírica, à crítica da poesia contemporânea e a pressupostos filosóficos, culturais e sociocríticos, na perspectiva de abordagem das relações entre vida e poesia, linguagem e afetividade, conforme alguns aspectos da proposta do "pacto lírico", de Antonio Rodriguez. Por poesia contemporânea brasileira foi entendida, prioritariamente, aquela produzida por poetas brasileiros, de regiões e extratos editoriais diversos, publicada a partir da década de 1990, até este momento. As obras selecionadas, estudadas e discutidas foram compreendidas como casos representativos desta poesia, num rol de escolhas possíveis, mas que projetam concepções e realizações capazes de configurar dimensionamentos diferentes, bem como de se constituírem como "referências axiais" no delineamento dos horizontes perspectivados. São colocados como referências axiais poemas e livros dos seguintes autores: Salgado Maranhão, Alexandre Guarnieri, Ana Martins Marques e Carlito Azevedo, Hagamenon de Jesus e Miró da Muribeca, convocando-se, ainda, obras de outros/as autores/as, que se colocam como complementares à discussão. A tese foi dividida em duas grandes partes, a primeira, com dois capítulos, faz um levantamento teórico e ao mesmo tempo trans-histórico, centralizado nas categorias de tempo e espaço, forma e experiência, as quais são tomadas como fundamentos e dimensões configurativas, delineadoras dos horizontes. A segunda parte foi direcionada para o estudo e análise das obras e para o delineamento dos horizontes que as perspectivam. Tal delineamento coloca em evidência a importância das dimensões da forma e da experiência na percepção e apreensão, inclusive pática, dos textos poéticos, enquanto pactos líricos. Evidencia-se, por outro lado, a importância dos direcionamentos tensivos e distensivos de tais dimensões para que, a partir das definições e parâmetros destes horizontes, se ofereça uma ferramenta de análise e critica que operacionalize uma melhor compreensão da poesia brasileira atual. |