Ascomicetos (anamórficos e teleomórficos) associados ao folhedo da Mata Atlântica no Sul da Bahia
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16918 |
Resumo: | A Mata Atlântica destaca-se como um bioma recordista em termos de biodiversidade e endemismo. Entre os seres vivos presentes neste bioma, os fungos exercem a ciclagem de nutrientes, atividade de extrema importância para a manutenção e equilíbrio ambiental. Apesar disso, os estudos com fungos na Mata Atlântica ainda são escassos. Diante deste cenário, o presente estudo teve como objetivos: i) identificar e catalogar ascomicetos (anamórficos e teleomórficos) presentes no folhedo de Inga thibaudiana, Myrcia splendens e Pera glabrata (plantas representativas da Mata Atlântica) na Reserva Biológica de Una (REBIO-Una), município de Una, estado da Bahia, Brasil; e ii) avaliar a frequência de ocorrência, a constância e a similaridade de fungos conidiais presentes no folhedo das espécies estudadas. Quatro coletas semestrais (setembro/2011, abril e agosto/2012, janeiro/2013) foram realizadas na REBIO-Una. Cinco espécimes de cada uma das seguintes espécies: I. thibaudiana, M. splendens e P. glabrata foram identificados e marcados. Na serapilheira destas árvores coletou-se dez folhas (uma amostra composta) em diferentes estágios de decomposição de cada espécime selecionado, por coleta. Em laboratório, as amostras foram lavadas e incubadas em câmara úmida. O folhedo foi observado com um estereomicroscópio após 72 horas de incubação, por 30 dias. Lâminas dos espécimes fúngicos foram elaboradas com resina de álcool polivinílico, ácido lático e glicerol (PVLG) ou azul de algodão, e observadas em microscópio ótico para a identificação dos táxons, por meio de literatura específica. Após esse processo, os espécimes foram depositados na Coleção Micológica do Centro de Pesquisas do Cacau, Ilhéus-BA. Após a identificação das espécies fúngicas, os índices de frequência de ocorrência, constância e similaridade de fungos conidiais foram avaliados. Foram encontrados 58 táxons sobre folhedo das espécies avaliadas: três ascomicetos pertencentes a ordem Rhytismatales (Coccomyces leptosporus, Marthamyces quadrifidus e Terriera javanica) e 55 espécies de fungos conidiais. O presente estudo proporcionou o primeiro relato de Beltraniella botryospora e de T. javanica para as Américas, e de Beltraniopsis rhombispora para o Brasil. Todos os táxons encontrados estão sendo relatados pela primeira vez para as plantas e para a Reserva Biológica de Una. Com relação aos índices ecológicos, a maioria dos táxons apresentou frequência esporádica. Mais de 40% dos táxons foram classificados como constantes ou acessórios nas três plantas, porém, 53,8% dos táxons em P. glabrata apresentaram categoria acidental. O índice de similaridade demonstrou que há maior semelhança entre a composição da micota do folhedo de duas espécies (49 e 50%) do que entre o folhedo de três espécies vegetais (38%). Considerável diversidade de ascomicetos e de fungos conidiais compõem a micota decompositora do folhedo de I. thibaudiana, M. splendens e P. glabrata na Reserva Biológica de Una. |