Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
CAMPOS, Leomir dos Santos |
Orientador(a): |
SAYÃO, Juliana Manso |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geociencias
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39141
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Resumo: |
Esta tese apresenta um estudo sobre a fossildiagênese em duas zonas de associação faunística da Supersequência Santa Maria. Os vertebrados desta unidade compõem uma fauna abundante de rincossauros, dicinodontes, cinodontes, rauisuquios, procolofonóides, esfenodontes e dinossauros. Estes paleovertebrados exibem uma variedade de formas preservacionais macroscópicas que limitam a identificação taxonômica, com fósseis bem preservados e mal preservados resgatados nos mesmos afloramentos. Para investigar a expressão destas modificações macroscópicas ao longo da fossilização, foram estudados os tipos de microalterações diagenéticas sobre os vertebrados das zonas de associação de Dinodontosaurus e Hyperodapedon. Para isso, foram realizadas análises morfológicas, osteohistológicas e de difração de raios X sobre os fósseis, além da avaliação de paleoalterações sedimentares nos afloramentos investigados. Os resultados obtidos com a difração de raios X indicaram a presença de calcita, quartzo, fluorapatita, siderita, além de feldspatos como albita, microclínio e ortoclásio, com destaque para o desenvolvimento em granification da calcita. As alterações microestruturais, identificadas através das análises osteohistológicas, possibilitaram a avaliação dos estágios de preservação da microarquitetura nos fósseis e a identificação do paleoambiente de sepultamento proximal ou distal ao longo do depósito aluvial. Estas planícies apresentaram paleoalterações pedogênicas e freáticas que indicam o predomínio de hidromorfismo, oxidação e carbonatação com grau variado de desenvolvimento. Foram elencados cinco estágios de preservação macro e microscópicos, que evidenciaram que a conservação macroscópica pode não se expressar de forma análoga sobre as microestruturas. Além disso, foi possível detalhar a evolução dos estágios de preservação microestruturais e a correlação destes com as paleoalterações formadas nestes afloramentos. Em suma, concluiu-se que a preservação macroscópica não se expressa sobre a microestrutura de elementos depositados principalmente em ponds, além disso, que existe um padrão preservacional ao longo dos depósitos, com fósseis com boa preservação em planícies proximais, porção com reduzidas paleoalterações carbonáticas, e elementos com preservação progressivamente ruins em planícies distais, onde o contato freático contínuo promove a destruição gradual da arquitetura interna dos fósseis. |