Análise paleohistológica em ossos de Sauropodomorpha do triássico superior do Sul do Brasil
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Oceanografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18334 |
Resumo: | Apresentamos uma descrição detalhada da morfologia e osteohistologia de pequenos ossos de Arcosauromorpha encontrados da Zona de Associação de Hyperodapedon, referente à Sequência Santa Maria II, Supersequência Santa Maria, Triássico Superior do Rio Grande do Sul, Brasil. O material é composto por ossos de tamanho reduzido, com dimensões menores do que 57mm, encontrados associados in situ. O espécime é composto por um úmero e um metatarsal III direitos, extremidade proximal de uma falange ungueal, um arco neural quase completo de uma vértebra pré-sacral e um centro vertebral pré-sacral. Comparações morfológicas entre UFSM11326 e outros organismos do Triássico mostraram se tratar de um dinossauriano, com possível associação ao grupo Sauropodomorpha. São elas: morfologia da crista deltopeitoral do úmero apresentando prolongamento do cume na crista deltoide; eixo de torção das porções proximal e distal do úmero; morfologia do metatarsal III, apresentando ângulo de torção entre as extremidades proximal e distal superior a 60° e presença do ombro medial; posições da diapófise, parapófise e das infracavidades diapofisiais restantes no arco neural. Este grupo de arcossauros já foi registrado anteriormente em estratos triássicos da Supersequência Santa Maria. As análises do fechamento das suturas do arco neural indicaram um indivíduo jovem, com suturas abertas em forma de zíper. As sessões finas da diáfise do úmero e do metatarsal III, corroboram este estado ontogenético, indicando se tratar de um espécime em fase inicial de desenvolvimento. Exibiu um complexo ósseo fibrolamelar (comum em espécimes dinossaurianos), composto por ósteons primários, sem ocorrência de marcas de crescimento (LAGs ou annuli), áreas extensas de reabsorção ou a presença de lamelas circunferenciais externas (external fundamental system = EFS). Este padrão evidencia uma estratégia de crescimento rápido, sustentado por elevadas taxas metabólicas, superiores a dos répteis modernos, e comparáveis com aquelas já encontradas para este grupo de arcossauros. Definimos portanto que UFSM11326 corresponde a um Sauropodomorpha jovem, sem a conclusão de seu crescimento assintótico, com elevados níveis de deposição óssea e consequente crescimento acelerado até o momento de sua morte. |