Efeito de um protocolo de exercícios resistidos progressivos sobre a funcionalidade de indivíduos com febre Chikungunya

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: NEUMANN, Isabel Lins
Orientador(a): TENÓRIO, Angélica da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36880
Resumo: A febre Chikungunya (FCHIK) é uma arbovirose cujo sintoma mais comum é a artralgia. A persistência desse sintoma ocasiona prejuízos funcionais e na qualidade de vida. O exercício resistido apresenta efeitos satisfatórios no tratamento de doenças reumatológicas, podendo ser uma estratégia não farmacológica no tratamento da FCHIK. O objetivo foi desenvolver um protocolo de exercícios resistidos progressivos para o tratamento de indivíduos com manifestações musculoesqueléticas crônicas da FCHIK e avaliar a sua eficácia na melhora da funcionalidade, dor e qualidade de vida. O estudo foi dividido em duas etapas: 1- elaboração do protocolo de exercícios resistidos e 2- ensaio clínico, o qual seguiu as recomendações do CONsolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT) e foi aprovado pelo Comitê de Ética UFPE (Parecer: 3.135.625). O protocolo de exercícios foi elaborado por pesquisadores e apresenta parâmetros baseados em evidências científicas, os quais foram descritos detalhadamente para possibilitar a sua reprodução. No ensaio clínico, trinta e um pacientes (56±10 anos) foram alocados nos grupos: exercício resistido (GER) (n=15) e controle (GC) (n=16). O GER realizou exercícios com resistência elástica duas vezes na semana, com carga de intensidade moderada e progressiva, avaliada através do teste de uma repetição máxima. O GC recebeu ligações telefônicas quinzenais para acompanhamento dos sintomas. Os desfechos avaliados foram: funcionalidade (testes: Sentar-levantar da cadeira em 30s, Subir-descer 4 degraus, Caminhada de 40m e questionário Disabilities of the Arm, Shoulder, Hand (DASH); dor (EVA e número de articulações dolorosas); e qualidade de vida (SF-36). Ao final do tratamento, foi aplicado o Patient Global Impression of Change (PGIC). As avaliações ocorreram no baseline, após 6 e 12 semanas de intervenção, ao fim, o GC recebeu a mesma intervenção do GER. O GER apresentou redução da intensidade da dor (p=0,01; d=-0,83) e melhora no Teste de Sentar-levantar (p=0,04; d=0,85). No PGIC, 90% dos pacientes relataram melhora. Não foram relatados efeitos adversos. O protocolo de exercícios resistidos progressivos apresentou benefícios na melhora da funcionalidade e na redução da dor em pacientes com manifestações musculoesqueléticas crônicas da FCHIK.