Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
TENÓRIO, Leonora Castro |
Orientador(a): |
MARQUES, Claudia Diniz Lopes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Translacional
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51223
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Resumo: |
A Febre Chikungunya (FC) é uma arbovirose, epidêmica, causada pelo vírus Chikungunya, que apresenta como principal característica clínica artrite/artralgia incapacitante, febre e exantema. A fase crônica, definida pela duração dos sintomas superior a três meses, é caracterizada principalmente por dor musculoesquelética (ME) e/ou limitação articular. O tratamento manipulativo osteopático (TMO) se destaca por ser uma técnica de terapia manual, que utiliza mobilização e manipulação dos tecidos do corpo para o alívio da dor e limitação funcional articular. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos do TMO na diminuição das manifestações musculoesqueléticas crônicas (dor e limitação funcional articular) em pacientes com FC. Foi conduzido um ensaio clínico randomizado, controlado, cego para os avaliadores, com 44 pacientes, divididos no grupo osteopatia (GO; n =24) e grupo controle (GC; n = 20) ou placebo, cuja intervenção foi TMO. O estudo foi realizado em 6 semanas, com 4 atendimentos e follow-up de 15 dias e 30 dias do último dia de tratamento, em pacientes em acompanhamento regular no ambulatório de Reumatologia no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco, no período de setembro 2020 a março de 2022. Os critérios de inclusão foram: homens e mulheres com idade maior ou igual a 18 anos; ser acompanhado no ambulatório de FC do HC; diagnóstico clínico de FC por sorologia; apresentar dor e limitação funcional articular em membros superiores, com mais de três meses de duração dos sintomas e consentimento em participar do estudo. A população foi obtida por recrutamento e demanda espontânea no ambulatório e foi aleatoriamente randomizada. O desfecho Primário de dor foi mensurado com o escore de intensidade da dor do BPI. Os demais instrumentos foram utilizados como desfecho secundário de dor (Escala Visual Analógica, Brief Pain Inventory Questionnaire e Algômetro) e limitação funcional articular (Disabilities of the Arm, Shoulder, Hand Questionnaire, e teste de nove pinos - 9HPT). Os dados foram analisados de forma quantitativa, analítica e medidas de tamanho do efeito. A média de idade da amostra foi 53,55 (16,5) anos, sendo a maioria do sexo feminino (95,0%). Com relação a intensidade da dor, na análise do desfecho primário, foi observada uma eficácia de 77,3%, o follow up de 15 e 30 dias apresentou manutenção da melhora com eficácia de 91,5% e 81,2%, respectivamente, após a intervenção com TMO. Na análise entre os grupos, pode-se observar uma redução estatisticamente significativa da dor para o GO com diferenças na última sessão (S4) =1,2, na (S5) n=1,84 e (S6) =1,45 pontos comparada ao GC. Na análise intragrupo, quando comparados a sessão inicial com a última e acompanhamentos, apenas o GO apresentou redução estatística significativa. Com relação ao desfecho secundário, de dor e funcionalidade, foi observada uma eficácia em todos os instrumentos avaliados e no acompanhamento de 15 dias e 30 dias após receber o TMO, exceto na algometria e no teste 9HPT. Pode-se concluir que o TMO demonstrou ser eficaz na redução da dor e na melhora da funcionalidade dos pacientes com manifestações musculoesqueléticas na fase crônica da FC. |