Dieta hipocalórica na vida perinatal: conseqüências no crescimento e desenvolvimento neuromotor da prole quando submetida ou não a atividade aquática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: de Satana Muniz, Gisélia
Orientador(a): do Nascimento, Elisabeth
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8321
Resumo: O objetivo do presente estudo foi estudar em ratos neonatos e jovens as repercussões sobre o crescimento e o desenvolvimento neuromotor da ingestão de dieta hipocalórica e/ou da realização de atividade aquática. Foram utilizados 72 ratos machos provenientes de 17 ratas primíparas, linhagem Wistar da UFPE. Os grupos inicialmente foram formados pela manipulação dietética: American Institute of Nutrition - AIN (N) na gestação e lactação, ou Hipocalórica (H) a partir da 3º semama de gestação e por toda a lactação. A atividade aquática foi realizada com os filhotes a partir do 8º dia até o 52º dia de vida. Assim, formaram-se 4 grupos: Normocalórico Inativo (NI) e Ativo (NA), e Hipocalórico Inativo (HI) e Ativo (HA). Os procedimentos nos filhotes: 1. Lactação: 1.1 Peso corporal, medida dos eixos latero-lateral (ELLC), antero-posterior (EAPC) do crânio, eixo longitudinal do corpo (EL) e o comprimento da cauda (CC). 1.2. Reflexos: recuperação de decúbito (RD), aversão ao precipício (AP), colocação pelas vibrissas (CV), pressão palmar (PP), geotaxia negatica (GN), endireitamento em queda livre (QL), resposta ao susto (RS). 1.3 Locomoção: a distância percorrida, velocidade e potência média, tempo de parada e número de parada. 2. Pós-desmame aos 60 dias: 2.1 Percentual do ganho de peso (%GP); 2.2 Taxa específica do ganho de peso (TEGP); 2.3 Índice de massa corporal e de Lee; 2.4 Circunferência da abdominal e torácica; 2.5 Consumo alimentar da ninhada; 2.6 Lactato; 2.7 Glicose, triglicerídeos, colesterol, LDL-col, HDL-col, VLDL-col; 2.8. Peso dos órgãos; 2.9 Tíbia. Os resultados indicaram que o oferecimento de dieta hipocalórica, não afetou o peso ao nascer, mas o reduziu a partir do 6º dia de vida até os 60 dias de vida. Houve redução no ELLC, EAPC, EL e CC e retardo dos CV, GN, RS e QL do HI em relação ao NI, sendo o HA nas mesmas medidas apresentou valores superiores ao HI ao final do desmame. A locomoção, o consumo alimentar e as circunferências corporais não apresentaram diferenças entre os grupos. A TEGP e %GP foi maior no HI. O IMC, Índice de Lee, peso do fígado foram superiores no HA. A glicemia foi inferior no HI. O peso da tíbia foi maior no NA. Contudo, a utilização desse modelo dietético parece induzir repercussões no crescimento e desenvolvimento de forma menos agressiva que o observado em dieta hipoprotéica e similar aos modelos de restrição alimentar. Neste contexto, pode-se sugerir que a atividade física atue como um fator de reprogramação da agressão nutricional por dieta hipocalórica sobre o sistema nervoso ratificando a capacidade plástica desse sistema frente a estímulos externos