Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Massière Carneiro, Leila |
Orientador(a): |
Henrique Novaes Martins de Albuquerque, Paulo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9280
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Resumo: |
A ampliação do uso da acupuntura no Brasil acirra a disputa pelo direito de exercer a profissão, principalmente quando, após a comprovação científica de sua eficácia, a classe médica passa a pleitear a exclusividade da prática. Contudo, nos moldes da ciência ocidental pouco se sabe acerca de seus mecanismos de atuação. Tal lacuna vem sendo preenchida por um discurso que substitui o arcabouço teórico da medicina tradicional chinesa da qual a acupuntura se origina por alterações bioquímicas e neurológicas provocadas pelas agulhas. Para perceber diferenças entre os significados difundidos, voltamos o foco deste estudo para as instituições de ensino: comparamos os conteúdos programáticos de diversos cursos e o significado atribuído à acupuntura por seus coordenadores. Pudemos constatar que apesar da racionalidade médica chinesa ocupar a maior parte da carga horária de todos os cursos, os médicos exclusivistas buscam subordinar a acupuntura à racionalidade médica ocidental através de discursos científicos. Tal contradição faz emergir interesses ocultos: colonizar conhecimentos oriundos de universos culturais distintos capazes de desafiar a hegemonia da medicina ocidental contemporânea e da própria ciência moderna. O desvio no processo de tradução, que distorce o próprio conceito de acupuntura, traz implicações diretas tanto para os resultados dos tratamentos quanto para os rumos da profissionalização |