Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
SEIXAS, José Roberto Pimentel Cabral de |
Orientador(a): |
CUNHA, Maria das Graças Carneiro da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41828
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Resumo: |
Hidrogéis são definidos como uma rede tridimensional de polímeros hidrofílicos, capazes de absorver grande quantidade de água e exercer múltiplas funções, como: entrega de medicamentos, selagem cirúrgica, manutenção de nutrientes, drogas e proteínas, assim como matriz de suporte para o crescimento celular e regeneração de tecidos. Os Hidrogéis em estudo foram preparados com 1,7% (p/v) de galactomanana (extraída de sementes de Cassia grandis) e 0,5% (p/v) de k-carragenana e o sal CaCl2 0,2 M em pH 5,0; acrescidos ou não das biomoléculas lactoferrina (extraída de leite bovino) e Cramoll-1,4 (extraída do feijão camaratu – Cratylia mollis). Esta pesquisa visou avaliar a eficácia da formulação de hidrogéis contendo ou não as biomoléculas lactoferrina e lectina Cramoll-1,4 nas concentrações de 100 μg/mL no tratamento de queimaduras térmicas de segundo grau in vivo, utilizando Rattus norvegicus, albinos, da linhagem Wistar. Foram realizadas análises da estabilidade no período de 90 dias de estocagem a 4 ºC, avaliando-se pH, cor e contaminação microbiana; medidas reológicas também foram feitas para análise das interações entre as biomoléculas e o hidrogel, através da rampa de amplitude, com mudulos G’/G’’. Os resultados obtidos revelaram que durante os 90 dias de estocagem não ocorreram modificações significativas para o pH ideal (5,0); houve um aumento na luminosidade (L*) e diminuição da opacidade (Y%) com valores significativos para o hidrogel sem a presença das biomoléculas, e nenhum crescimento microbiológico, por contagem de mesófilos aeróbios, bactérias lácticas, psicrotróficas, bolores e leveduras. As análises reológicas confirmaram as características sólidas e viscoelásticas dos hidrogéis, onde módulo G' > G'' não se alteram na presença das proteínas lactoferrina e/ou Cramoll 1,4, do mesmo modo, podemos identificar que a adição de tais proteínas diminuiu o ponto de transição G' > G'' para G'' > G' quando comparado com o hidrogel sem a presença dessas biomoléculas; o CaCl2 foi utilizado com função reticulante, e os resultados apontam que ocorre uma interação significativa apenas com a k-carragenana e não com a galactomanana. O tratamento da cicatrização dos animais com queimaduras térmicas de segundo grau foi feito topicamente com quatro diferentes formulações de hidrogéis: hidrogel (H); hidrogel contendo lactoferrina (HL); hidrogel contendo Cramoll 1,4 (HC) e hidrogel contendo lactoferrina e Cramoll 1,4 (HLC). Tais formulações demonstraram uma melhor resposta quando comparadas com o grupo controle de solução salina 0,9% NaCl (S). Estes resultados foram confirmados pelas análises macroscópicas, em lesões cicatrizando de maneira centrípeta, com percentagem de contração das queimaduras: H-32,85 %; HL45,49 %; HC-36,05; %; HLC-66,10 % e S-20,76 %, tendo como destaque o hidrogel acrescido com as biomoléculas (HLC). Além disso, resultados histológicos comprovaram a diminuição no processo inflamatório, necrose tecidual e fibrose, com aumento da reepitelização e presença de acantose focal. Podemos concluir que a formulação de hidrogéis com a imobilização da lactoferrina e Cramoll 1,4, ganham destaque como novo sistema de tratamento para queimaduras de segundo grau. Somado a estes resultados, também foi realizada uma revisão sistemática detalhada da literatura, sobre a comparação das condições de modelos de queimaduras em ratos, a fim de otimizar a aplicabilidade dessas condições para modelos futuros na área da biomedicina. |