Macrofungos Agaricales em áreas de manejo florestal na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Komura, Dirce Leimi
Orientador(a): Zartman, Charles Eugene
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Botânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12848
http://lattes.cnpq.br/3573059727962827
Resumo: Esta tese refere-se ao estudo de macrofungos Agaricales em floresta de terra firme na Estação Experimental de Manejo Florestal do INPA (ZF-2). Durante o período de dois anos, 669 basidiomas (corpos de frutificação) foram coletados nos oito transectos (5 × 50 m cada) localizados em áreas de floresta primária e secundária. Um total de 287 espécies/morfotipos foram identificados durante o estudo. A composição de macrofungos foi diferente entre floresta primária e secundária, diferindo também de acordo com a estação e o ano da coleta. A detecção de macrofungos foi muito baixa na estação seca, principalmente na floresta secundária. Observou-se que, em relação aos substratos (troncos, galhos, folhas e solo), a floresta primária apresentou maior índice de riqueza e diversidade para “solo”. Por outro lado, no substrato “folhas”, estes índices foram maiores para floresta secundária. Os fungos marasmioides e gymnopoides apresentaram um número expressivo de espécies/morfotipos. Em virtude disso, a descrição morfológica usando caracteres macro e microscópicos aliada aos dados moleculares com sequenciamento da região ITS (internal trancribed spacer) foi realizada para estas espécies. Esta etapa do trabalho resultou na descrição de seis espécies novas de Tetrapyrgos (nomes provisórios: T. albonigripes, T. brevipileocystidiata, T. brunneilucida, T. cystidiacrassa, T. pileobrunnea, e T. pseudonigripes) e no registro de nova ocorrência para a Amazônia de T. longicystidiata. Marasmius calvocystidiatus (nome provisório) é descrito como nova espécie, cuja espécie irmã, Marasmius horridulus, é recoletada pela primeira vez após sua descrição. Nove espécies de Marasmius que apresentam a formação de rizomorfos foram descritas, dentre estas, M. cupressiformis, M. populiformis e M. microdendron. Além disso, foram também descritos 37 táxons de Marasmius da seção Marasmius, dos quais 21 em nível de espécie. Em relação às espécies compreendidas em Omphalotaceae (Gymnopus, Marasmiellus e Rhodocollybia), restringiu-se à apresentação de dados moleculares e sinopses. De modo geral, o presente trabalho abre veredas que, espera-se que, possam auxiliar novos estudos interessados na compreensão de macrofungos da Amazônia.