Ações trabalhistas, repressão, violência e uso político do passado na Zona da Mata de Pernambuco (1964-1967)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: COSTA, Luiz Henrique Santos Ferreira da
Orientador(a): PORFIRIO, Pablo Francisco de Andrade
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Historia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41540
Resumo: Esta dissertação analisa conflitos trabalhistas na Justiça do Trabalho. As ações judiciais estudadas foram movidas por trabalhadores rurais contra seus empregadores nas Juntas de Conciliação e Julgamento de Nazaré da Mata, Jaboatão dos Guararapes e Goiana, durante o início da ditadura civil militar. Nos processos trabalhistas selecionados, os latifundiários acusaram os assalariados rurais de terem participado das Ligas Camponesas. Essas acusações faziam parte de um discurso que se apoiava nos signos combatidos pelo novo regime repressor que gradualmente se estabelecia, produzindo então um uso político do passado a partir do agenciamento de memórias que circulavam em parte da imprensa e entre a maioria dos latifundiários. Com isso, estabeleceram-se associações automáticas entre as Ligas e agitação social, insubordinação, greves e incêndios. O intuito dessa estratégia era criar argumentos para justificar demissões por justa causa. Ao mobilizar outras documentações para a pesquisa, como entrevistas com trabalhadores rurais e registros de imprensa, mostrou-se que as histórias presentes nas ações judiciais dizem de uma questão individual, mas também social. Podemos citar as manobras patronais para subtrair direitos dos empregados, uso patrimonialista das forças policiais,e aumento da repressão e violência contra trabalhadores rurais quando do Golpe de 1964.