Estudo geoquímico e geocronológico dos sedimentos do Rio Paratibe, Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: PONTES, Bethania Maria Santos
Orientador(a): SOUZA NETO, João Adauto de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38333
Resumo: Um estudo geoquímico e geocronológico foi realizado nos sedimentos de fundo e de testemunhos do Rio Paratibe e seu sistema estuarino, através da obtenção da concentração de elementos químicos (Al, Fe, Mn, As, Cu, Pb, Zn, Cr, Ni e Cd), com o objetivo de apresentar suas condições ambientais recentes e por um período de até 150 anos no passado. A geogronologia determinada pelo método do 210Pb estimou a idade dos sedimentos dos três testemunhos e indicou que ao passar de cada 10 anos ocorre a deposição de 3 cm de sedimentos no sistema estuarino do Rio Paratibe. Os dados avaliados nos sedimentos de fundo demonstraram comprometimento do rio a leste da rodovia BR-101 onde as concentrações, na fração considerada como potencialmente biodisponível, de Cd, Cu, Ni, Pb e Zn se inseriram em intervalos de efeito adverso do CONAMA; CCME e USEPA (Cd 0,6-9,6 mg.kg-1; Cu 18,7-270 mg.kg-1; Ni 15,9-51,6 mg.kg-1; Pb 30,2-218 mg.kg-1; Zn 123-410 mg.kg-1). Análises estatísticas aplicadas aos sedimentos apontou para dois ambientes principais em que o rio está inserido, indicando interferências antrópicas notoriamente no médio e baixo curso do Rio Paratibe, cerca de 8 km de distância do oceano. Nos sedimentos de testemunhos as concentrações de Cu (27,7; 31,1 e 32,9 mg.kg-1) e Zn (444 mg.kg-1) consideradas anômalas (que apresentaram cerca de duas vezes o valor da média do perfil sedimentar), permitiram relacionar às atividades humanas desenvolvidas (industrial e mineração, além do crescimento populacional) ao longo dos anos, devido as variações nas concentrações dos elementos químicos coincidirem com o desenvolvimento da atividade industrial e a implantação da mineração dos fosforitos de Olinda/PE.