Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
de Jesus Moura, Maria |
Orientador(a): |
Medrado-Dantas, Benedito |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8361
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo analisar a produção de sentidos sobre violência racial produzidos no atendimento psicológico a mulheres que denunciam a violência de gênero no contexto da Lei Maria da Penha. Tendo por base a perspectiva construcionista em psicologia social voltada à análise das práticas discursivas, buscou-se 1) identificar as demandas de violência racial nas queixas de violência contra a mulher; 2) apreender se (e como) profissionais compreendem a relação entre violência racial e violência de gênero, no contexto da violência doméstica e familiar contra a mulher,e ainda 3) analisar os documentos que são referencias atuais na implementação de políticas de enfrentamento à violência contra a mulher e que orientam, conseqüentemente, a prática de psicólogos/as atuantes em serviços de atendimento à mulher. Como estratégia metodológica, foram realizadas entrevistas com profissionais de psicologia que atuam no enfrentamento à violência contra a mulher, na Região Metropolitana de Recife, quer seja de caráter preventivo, interventivo ou na gestão pública. A entrevista objetivou identificar se a instituição da qual o/a profissional faz parte tem o registro raça/cor no seu instrumental de atendimento e se nos casos de violência contra a mulher havia queixa de violência racial. Essas entrevistas permitiram também a identificação de documentos de referência para estes profissionais, no combate ao racismo e a promoção de políticas para a igualdade de gênero e raça. A análise desses documentos buscou identificar o lugar atribuído à mulher negra. A análise realizada focalizou o mapeamento de focalizou repertórios produzidos na entrevista, a partir de quatro eixos 1): o registro (ou não) do quesito raça/cor; 2) a não percepção da relação entre violência racial e a violência contra a mulher; 3) a percepção da relação entre as violências, mas sem exemplos concretos;4) a percepção da relação e a exemplificação concreta de casos em que estas violências aparecem. Foi possível identificar uma polissemia de sentidos sobre ser negro e sobre a violência racial, dentro de uma mesma entrevista e não apenas entre os entrevistados. Identificou-se também um complexo jogo de posicionamentos entre os entrevistados em relação à violência racial e suas manifestações. Identificou-se resistências diversas dos/as entrevistados/as, justificadas das mais diferentes formas, frente à tarefa de formular perguntas abordando a questão racial. Pautado no compromisso e comprometimento de uma psicologia que atenda as urgências sociais, espera-se que este trabalho contribua para uma revisão sobre as práticas psicológicas e seus discursos frente às demandas raciais no âmbito da violência contra a mulher |