Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
ABREU, Cláudia Betânia Rodrigues de |
Orientador(a): |
MACIEL, Maria Amelia Vieira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7130
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Resumo: |
O choque séptico está relacionado a uma alta mortalidade na população pediátrica, principalmente entre os pacientes imunodeprimidos. As novas descobertas para diagnóstico e tratamento do choque séptico em crianças têm reduzido a mortalidade, porém a maioria dos estudos que chegaram a estas conclusões excluíram os pacientes portadores de doenças oncológicas ou os incluíram em pequeno número. Estas descobertas foram extrapoladas para a população de imunodeprimidos, porém nesta população a mortalidade por choque séptico ainda é considerada mais alta. Este trabalho tem o objetivo de caracterizar melhor o choque séptico nos pacientes portadores de doenças oncológicas em relação às alterações clínicas e laboratoriais e, também, em relação ao tratamento proposto pelo American College of Critical Care Medicine (ACCM) e comparar os seus resultados com o que já se conhece sobre este tema entre os pacientes pediátricos não portadores de doenças oncológicas. Métodos e resultados: Foi realizado um estudo descritivo, prospectivo, tipo série de casos na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Oncológica de um Hospital escola, Brasil, de 18 de abril de 2010 a 08 de janeiro de 2011. As variáveis clínicas, laboratoriais e relacionadas ao tratamento foram observadas ao diagnóstico e após seis e 24 horas do início do tratamento. A análise foi realizada pelo Epi info 6.04: freqüência das variáveis categórica, medidas de tendência central para as contínuas. Foram estudados 22 pacientes, a maioria com tumores de origem hematológica e acima de seis anos de idade. A mediana do Pediatric Risk of Mortality III(PRISMIII) foi 17,5(6-29). Choque frio ocorreu em 77,3% dos pacientes ao diagnóstico e o quente foi reconhecido em um tempo três vezes maior que o frio. A maioria dos pacientes (16/72,3%) preencheu mais de dois critérios para síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS), porém em 13(59%) o diagnóstico de choque séptico só foi dado após o surgimento de hipotensão. Houve melhora dos parâmetros macrovasculares nas primeiras seis horas do tratamento, porém a microcirculação, avaliada pelo clearence do lactato e saturação venosa central de oxigênio, permaneceu em disóxia. Mortalidade em 28 dias foi 68,2% e maior entre os que desenvolveram disfunção de órgãos 3 nas primeiras 24horas. Dois (10,5%) pacientes apresentaram valor alterado da troponina I ao diagnóstico e após 24horas 6/16(37,5%). Entre os pacientes com troponina I alterada após 24 horas, 83,3% tinham menos de 13 anos, Pediatric Risk of Mortality III (PRISMIII)>10, maior escore de drogas vasoativas, 80% tinham hipocalcemia, mais de 80% tinham tumores hematológicos e usaram drogas cardiotóxicas. Todos os pacientes com troponina I alterada não sobreviveram. Conclusões: a mortalidade foi elevada, os critérios para definição de choque séptico utilizados hoje para crianças não oncológicas foram adequados também para os pacientes oncológicos, quando identificados. A recuperação da oxigenação ao nível da microcirculação foi o parâmetro mais adequado para definir resposta terapêutica. A troponina I é um exame que se altera numa baixa freqüência entre os pacientes pediátricos oncológicos com choque séptico, parece ter valor prognóstico |