Variabilidades climáticas (temperatura e precipitação) e sua influência na propagação do vetor da dengue, Aedes aegypti (Linnaeus, 1762), no Estado de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Vieira Barbosa Junior, Edson
Orientador(a): Domiciano Galvíncio, Josiclêda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6562
Resumo: A interdisciplinaridade do conhecimento moderno cria a oportunidade para o desenvolvimento de novas ferramentas de investigação, da mesma forma que cria novas áreas de conhecimento. A Geografia Moderna reflete este grau de desenvolvimento científico, pois correlaciona os elementos tipicamente geográficos com informações oriundas de outras áreas do conhecimento, como por exemplo, o conceito de Geografia da Saúde que correlaciona os conceitos e dados geográficos com questões pertinentes à saúde pública. O objetivo principal deste trabalho foi investigar o relacionamento dos registros da doença com elementos do clima no estado de Pernambuco através das variáveis climatológicas, precipitação média, temperatura média mínima e temperatura média máxima, relacionadas com o número de casos notificados de dengue no Estado. Por outro lado as variáveis observadas foram confrontadas com suas respectivas normais climatológicas para verificar o comportamento das mesmas durante o período de estudo. O período temporal de análise desta pesquisa abrange os anos de 1995 a 2006. Foram utilizados dados da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco e do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (LAMEPE). Posteriormente, foi realizada a padronização dos dados utilizando o programa SigmaStart 3.5. Após realizou-se o processamento dos dados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), obtendo, deste modo, o Teste de Pearson (paramétrico) e o Teste de Spearmen (não-paramétrico). A fraca relação estatística encontrada entre as variáveis e o número de casos notificados de dengue no Estado mostrou que os presentes dados disponíveis não são suficientes para explicar as epidemias no Estado de Pernambuco. Considera-se que não só os fatores climáticos influenciam a proliferação da doença, mas também fatores outros como os de caráter biológico (por exemplo, surgimento de novos subtipos do vírus). Por outro lado é preciso considerar-se também os fatores sócio-ambientais da população (acúmulo doméstico inadequado de água, em descartáveis, pneus, latas, garrafas, lixo em terrenos baldios, escoamento ineficiente das chuvas nas cidades), uma vez que esse comportamento pode exercer papel relevante na proliferação dos casos de dengue.