Capacidade funcional de idosos acometidos por doenças crônicas residentes em instituições de longa permanência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Maria de Holanda Lira Dantas, Cibele
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1662
Resumo: O envelhecimento populacional no Brasil é acompanhado pela presença significativa de doenças crônicas e agravos que podem comprometer a capacidade funcional para as atividades de vida diária (AVD) e atividades instrumentais de vida diária (AIVD). As Instituições de Longa Permanência (ILPI) apresentam-se como alternativa de cuidado e acolhida para idosos com necessidade de assistência social ou de saúde. Esta dissertação contempla dois capítulos, o primeiro refere-se a um artigo de revisão com o objetivo de relatar os estudos sobre o perfil dos idosos institucionalizados no Brasil, e o segundo com o objetivo de descrever a capacidade funcional dos idosos institucionalizados em Recife. Não foi encontrado nenhum estudo referente ao perfil nacional da população institucionalizada, mas de localidades ou cidades. Os artigos encontrados possuíam semelhanças quanto ao perfil sociodemográfico e de saúde, o que pode levantar hipótese quanto ao perfil nacional. No segundo estudo, os resultados apresentaram uma amostra em que a maioria era do sexo feminino e sem suporte familiar. O principal motivo para institucionalização foi a situação de abandono ou ausência de familiar para cuidados (31,1%). A maior parte apresentou dependência para realização das AVD, das AIVD e baixo desempenho cognitivo. A presença de doenças crônicas ou agravo foi alta, 91,5% dos idosos apresentavam uma ou mais morbidades, a hipertensão foi a mais freqüente (48,8%). Os idosos com demência apresentaram o maior comprometimento da capacidade funcional, seguidos dos idosos com seqüela de AVE e com transtorno mental. As atividades mais comprometidas foram o uso de escada, banho, controle de diurese, interação social e resolução de problemas. Os resultados apontam que são poucos os estudos sobre a população institucionalizada no Brasil, o que impede a generalização dos resultados e maiores comparações. A população atendida pelas ILPIs é fragilizada e busca a instituição como suporte social e de saúde. A demência provocou significativas limitações para a capacidade funcional nesta amostra. Os resultados obtidos apontam à necessidade de reforço da política assistencial do idoso, para que tenham cuidados adequados e sejam acompanhados por programas de reabilitação que enfatizem as necessidades individuais, deixando o modelo assistencialista para a promoção e prevenção do desempenho funcional e da cidadania