Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
MENDONÇA, Maria Carolina Lins |
Orientador(a): |
SCHRÖDER, Peter |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40190
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Resumo: |
O presente estudo busca compreender como mulheres, envolvidas no debate sobre políticas habitacionais, elaboram entendimentos acerca das ideias de moradia e de direito à cidade, atentando para o atravessamento das questões de gênero em tal experiência, a fim de contribuir com a discussão antropológica sobre o cruzamento entre os projetos de cidade em disputa e a experiência de grupos contemplados por políticas públicas em contextos de desenvolvimento. Objetivamos, pois, 1) investigar de que modo as relações de gênero permeiam as percepções e as narrativas das mulheres envolvidas neste estudo; 2) analisar as narrativas dessas mulheres acerca dos múltiplos e complexos elementos que constituem a moradia, e, por fim, 3) verificar quais categorias embasam e operam políticas habitacionais, atentando para os impactos na vida das mulheres por elas beneficiadas. Para tanto, o estudo comporta a adoção da abordagem qualitativa e o enfoque teórico de gênero para a compreensão de seu objeto. Com o intuito de alcançar os objetivos propostos, foram realizadas quatro entrevistas semiestruturadas junto a mulheres recifenses vinculadas a órgãos institucionais do Município, também a ONG’s e a Movimentos Sociais ligados às questões da moradia, e envolvidas no debate acerca da construção de políticas públicas. Os dados coletados no decorrer deste estudo demonstram que há, ainda muito latente, uma tendência, dentro das políticas urbanas, como o Programa de Aceleração do Crescimento, à manutenção da adoção de estratégias que ratificam e reproduzem as desigualdades cotidianamente enfrentadas por mulheres. Isso porque, a função social das políticas urbanas e de moradia assume um papel secundário diante de sua função econômica. Os achados desta pesquisa podem contribuir, portanto, com o debate acerca das temáticas de gênero e de direito à cidade, assim como podem fornecer subsídios para a elaboração e o aprimoramento de políticas públicas em contextos de desenvolvimento. |