Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Mendonça, Elisângela Barros Soares |
Orientador(a): |
Diniz, Alcides da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13385
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Resumo: |
A anemia é um problema de saúde pública nos países em desenvolvimento e pode provocar repercussões no desenvolvimento neuropsicomotor, cognitivo, comprometendo a linguagem e a aprendizagem. As habilidades de ordenação temporal (OT) e atenção auditiva (AA) são importantes no desenvolvimento da linguagem e da aprendizagem. Avaliações eletrofisiológicas têm mostrado maior lentidão na condução do estímulo auditivo ao sistema nervoso central nos indivíduos anêmicos. Essa lentidão pode afetar as habilidades auditivas, prejudicando o aprendizado dos escolares. Não há relatos na literatura de estudos desenhados para investigar a associação entre as habilidades auditivas, mediante o uso do teste padrão de frequência (TPF) e do teste eletrofisiológico P300, com a anemia em adolescentes. Estimar a prevalência da anemia e fatores de risco associados em adolescentes da rede pública de ensino de Recife–PE, bem como avaliar a associação das habilidades auditivas de OT e AA segundo as concentrações de hemoglobina (Hb) em adolescentes. O delineamento metodológico consistiu de um corte transversal, com amostra aleatória de 256 adolescentes, de 13 a 18 anos, de ambos os sexos, e de uma série de 17 casos de adolescentes com concentrações inadequadas de Hb, acoplado a um grupo controle com 17 adolescentes com teores de Hb adequados. Os adolescentes foram avaliados segundo as habilidades auditivas de OT e AA, as concentrações de Hb, estado nutricional e características socioeconômico-demográficas. A prevalência de concentrações inadequadas de Hb foi de 10,2% [IC95% 6,7 - 14,5], situando-se em patamares que configuram a anemia do tipo leve (9 g/dL <Hb< 12 g/dL). Adolescentes do sexo feminino apresentaram maior vulnerabilidade às concentrações inadequadas de Hb em todas as faixas etárias (p< 0,001). Não foram observadas associações entre as concentrações de Hb e estado nutricional (p> 0,05), bem como com as características socioeconômico–demográficas (p> 0,05). As habilidades de OT e AA não mostraram associação (p> 0,05) com as concentrações de Hb, quando ajustadas para o estado nutricional e características socioeconômico-demográficas (p> 0,05). A média de latência do componente P3 nos adolescentes com concentrações de Hb inadequadas foi menor naqueles com maior idade (p= 0,02), melhor escolaridade (p= 0,02), melhor nível sócioeconômico (p= 0,04) e com registro de repetência (p= 0,04). Embora a prevalência de anemia tenha sido discreta e classificada em grau leve, é importante a adoção de medidas preventivas de educação nutricional com a difusão da alimentação saudável nas escolas e o incentivo ao consumo de alimentos fontes de ferro. Mesmo não havendo associação entre as habilidades auditivas e as concentrações de Hb, recomendam-se investigações com maior número de casos e maior diversidade nas concentrações inadequadas de Hb, incluindo níveis moderado e grave (Hb< 9g/dL) para testar essa associação. |