Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
MARQUES, Emilly de Assis |
Orientador(a): |
FONTE, Eliane Maria Monteiro da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46263
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Resumo: |
No Brasil, existe uma infinidade de formas de exercer e viver a agricultura familiar, com diferentes estratégias e processos organizativos. Esta tese busca refletir de que forma essas diferentes estratégias reprodutivas adotadas, incluindo-se aqui os diferentes mecanismos de reprodução, organização e representação social, a exemplo dos laços sociais, redes de interação, entre outras estratégias utilizadas por agricultores familiares, lhes permite superar as situações de adversidade. O presente estudo teve como objetivo geral compreender como as famílias agricultoras dos Sítio Serra do Maracajá e Almeida (comunidades rurais onde prevalece a agricultura familiar, que foram selecionadas como estudos de caso) organizam suas dinâmicas sociais e enfrentam as adversidades, revelando as semelhanças, assim como também as particularidades de cada comunidade. Os objetivos específicos da pesquisa foram: identificar quais as estratégias produtivas utilizadas por esses agricultores familiares; elencar os pontos catalizadores ou limitantes que atuam no exercício dessas atividades agrícolas; e investigar quais são as políticas públicas acessadas através das instituições atuantes nos lócus de pesquisa. Para atingir estes objetivos, a pesquisa utilizou, em conjunto, métodos qualitativos e quantitativos e foi dividida em três momentos, segundo os instrumentos de pesquisa escolhidos: pesquisa documental e análise de dados secundários, seguido da aplicação de questionários e a realização de entrevistas semiestruturadas. Foram aplicados 94 questionários (sendo 47 em cada um dos sítios selecionados) e realizadas 12 entrevistas com agricultores familiares. Os resultados apontaram cinco principais problemas enfrentados por essas famílias no exercício da agricultura, sendo eles: (1) acesso e/ou manutenção da terra em quantidade e com qualidade; (2) inserção nos mercados enquanto vendedores; (3) acesso às políticas públicas que considerem suas particularidades; (4) acesso às ferramentas de trabalho e infraestruturas; e (5) o distanciamento, seja ele físico ou potencial, que se refere ao isolamento ou à marginalização econômica, social e política infligidas a essas famílias agricultoras. Como respostas a tais adversidades, foram percebidas estratégias como migração, estabelecimento de relações recíprocas e de ajuda mútua, busca por políticas públicas, busca pelo acesso à água e à terra, inserção em estratégias produtivas agroecológicas, entre outras. |