Afinal de que agricultura familiar estamos falando? Um estudo sobre as famílias agricultoras do sítio Serra do Maracajá – Puxinanã – PB.
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/21948 |
Resumo: | O Ministério do Desenvolvimento Agrário apoiado em dados do IBGE, afirma que a agricultura do tipo familiar seria responsável pela produção de uma média de 70% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira. A imagem da agricultura familiar que vem sendo construída e, de modos diferentes, reforçada, apresenta o agricultor familiar como um sujeito autônomo economicamente, empreendedor, capaz de assumir responsabilidades para com o futuro das gerações, um ator preocupado tanto com a preservação do meio ambiente, o uso racional dos recursos naturais, como com o compromisso de produzir de maneira saudável os alimentos que compõem a dieta básica do brasileiro. Considerando as diferenças de modos e estratégias produtivas e as formas particulares de reprodução social acreditamos que a agricultura familiar da qual estariam tratando às estatísticas e o governo não se apresenta como una. Desconfiamos que a descrição dada mais acima não corresponde a uma maioria dos agricultores familiares do Brasil, e principalmente do Nordeste, para os quais a realidade da seca, das constantes privações e, no limite, da fome não são apenas meras estatísticas, mas um dado que exige enfrentamento político. Supondo que os dados estatísticos não estão revelando todos os elementos da realidade que envolve a diversidade da agricultura familiar no Brasil e que essa mesma agricultura tem sido tomada a partir de uma única definição, ou seja, “trata-se de uma agricultura produtiva e consolidada”. Ante a essa premissa este trabalho de dissertação tem como objetivo analisar, a partir de evidências empíricas, quais estratégias são desenvolvidas pelos agricultores residentes no Sítio Serra do Maracajá – Puxinanã-PB, de forma a possibilitar uma analogia entre o perfil desses agricultores e as características da agricultura familiar difundidas nas mídias oficiais, buscando verificar a relação entre o rendimento familiar, a produção agropecuária e a dieta básica das famílias agricultoras. |