Biomassa e aportes de nitrogênio e carbono por plantas de cobertura em cultivos irrigados do semiárido de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SOUZA, Renata Janaína Carvalho de
Orientador(a): FREITAS, Ana Dolores Santiago de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25466
Resumo: Plantas de cobertura vêm sendo utilizadas como uma alternativa para melhorar o potencial produtivo das áreas agrícolas nas diferentes regiões do mundo. O objetivo do trabalho foi estimar as quantidades de biomassa e de nitrogênio aportadas por misturas de plantas cultivadas como adubos verdes em cultivos irrigados de melão e manga na região do Submédio São Francisco e os efeitos desses aportes e do manejo da biomassa produzida sobre características biológicas do solo e produtividade dos cultivos. Os experimentos foram conduzidos no Campo Experimental de Bebedouro, de propriedade da Embrapa, em Petrolina, Pernambuco, adotando um delineamento em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas. As parcelas corresponderam a duas formas de manejo da biomassa (incorporação ou deposição da biomassa na superfície do solo) produzida por três tratamentos de adubos verdes, que constituem as subparcelas. Os tratamentos foram duas misturas de espécies (denominadas de coquetéis) e um terceiro tratamento onde foi permitido o crescimento de plantas espontâneas. Os coquetéis foram preparados misturando-se sementes de dois grupos de espécies: leguminosas e gramíneas + oleaginosas, em diferentes proporções. No melão, os coquetéis foram cultivados previamente ao cultivo principal. Na mangueira, os coquetéis foram cultivados em sistema de culturas intercalares. Foram estimadas as biomassas produzidas por cada espécie do coquetel e pelas plantas espontâneas. Nestas biomassas, foram analisadas as concentrações de C e N totais (%) e os teores naturais de ¹⁵N e ¹³C, por espectrometria de massa. O N fixado foi estimado utilizando o método da abundância natural do ¹⁵N. Em amostras de solo foram determinados indicadores da atividade microbiana. A mucuna foi a espécie que apresentou maior quantidade de N fixado nas áreas de cultivo do melão e da manga, respectivamente. Todas as leguminosas sempre apresentaram altas proporções de N derivado da atmosfera, com exceção do feijão de porco. Refletindo a produção de biomassa, a quantidade de N fixado no coquetel 1 foi sempre mais alta. No 3° ciclo de cultivo dos coquetéis vegetais, o melão apresentou produtividade alta (em média de 44500 kg de frutos ha⁻¹). Nos dois ciclos de cultivo dos coquetéis, na área da manga, o coquetel 1 também contribuiu com uma maior produção de biomassa que as plantas espontâneas. Entre as gramíneas, o milho foi a espécie com maior contribuição: 11 kg ha⁻¹. A produção de frutos de manga atingiu 14385 kg ha⁻¹ na área do coquetel 1, com revolvimento do solo. A maior atividade de biomassa microbiana do solo foi encontrada na camada de 0-5 cm de profundidade do solo, no período de frutificação das duas culturas. No plantio de melão, o cultivo dos coquetéis e o revolvimento do solo condicionaram maior biomassa microbiana do solo (CBMS), enquanto a respiração do solo (C-CO₂) foi maior nas parcelas sem revolvimento do solo. No plantio da mangueira, também houve maior quantidade de CO₂ evolvido na parcela sem revolvimento do solo. O cultivo do coquetel 1 condicionou maior atividade de biomassa microbiana.