Taxonomia das esponjas marinhas do Projeto Akaroa (1965)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: RECINOS, Radharanne Brito de Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23491
Resumo: As esponjas são organismos aquáticos filtradores que apresentam diversos tipos de associações com outras espécies, sendo consideradas como um dos metazoários mais antigos existentes, com origens estimadas em torno de 800-900 milhões de anos. O estudo da espongiofauna brasileira teve seu início no século XIX, e a partir de 1960, iniciou-se uma série de expedições, dentre elas, o Projeto Akaroa (1965), que concentrou suas coletas nos Estados de Sergipe e Alagoas. Atualmente são conhecidas 65 e 41 espécies para Alagoas e Sergipe, respectivamente. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo identificar os espécimes de esponjas coletados no Projeto Akaroa. As coletas foram realizadas em 1965, onde foram amostradas 36 estações, entre as isóbatas de 11 a 400 metros, utilizando rede de arrasto de fundo com portas. Foram identificados 122 espécimes, resultando em um total de 33 espécies/morfotipos de esponjas, totalizando 11 ordens e 16 famílias. Destas espécies, 20 são novos registros para o Estado de Alagoas e cinco representam novas espécies para a ciência: Auletta sp. nov., Aulospongus sp. nov., Axinella sp. nov., Endectyon (Endectyon) sp. nov., Raspailia (Raspaxilla) sp. nov., sendo o gênero Endectyon o primeiro registro para a costa brasileira. Foi possível perceber um padrão de distribuição das esponjas intrinsicamente ligado com o tipo de sedimento e a batimetria. Nas profundidades mais rasas (até 50 m) as esponjas são encontradas preferencialmente nos substratos mais grossos, composto por areia grossa e cascalho, enquanto que nos ambientes mais profundos, que são majoritariamente lamosos, são encontradas poucas espécies adaptadas àquela condição. Dessa forma, o presente trabalho ampliou para 85 o numéro de espécies para Alagoas e 45 para Segipe, contribuindo para o conhecimento da espongiofauna alagona e sergipana, visto que esses estados permaneciam relativamente pouco explorados.