Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Jácome, Márcia Larangeira |
Orientador(a): |
Silva, Eduardo Duarte Gomes da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13134
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Resumo: |
O triênio 2011-2013 pode ser percebido como o marco de um período histórico em que a intensificação das relações entre o virtual e o real e a diluição de fronteiras entre essas esferas revelam novas potencialidades e tensões em um mundo que vive transformações profundas. Nesse “entrelugar”, as dinâmicas e as influências recíprocas entre comunicação, cultura e política se transformam, afetando os modos pelos quais percebemos e interagimos com a realidade. Isto se reflete na elaboração e no compartilhar de conhecimento, na articulação de redes solidárias à distância e na redefinição de contornos da própria noção de comunidade, impactando a esfera pública – elementos que nos aparecem como alguns condicionantes importantes das manifestações públicas massivas contemporâneas. Esta pesquisa busca compreender se os processos comunicacionais que atravessam os espaços virtual e urbano, constituintes das Jornadas de Junho de 2013, no Brasil, têm contribuído ou não para a instituição de uma experiência coletiva igualitária de construção do comum. Para estudar este fenômeno, tomamos como objeto os processos comunicacionais nas redes e nas ruas, no âmbito do Ato Nacional contra o Aumento das Passagens, realizado em todo o país no dia 20 de junho de 2013. Os corpora são compostos por registro de base etnográfica da passeata conhecida como 1º Ato À Luta Recife!, ocorrida nesta data no Recife, e por dados coletados nas comunidades de redes sociais na internet, com foco no Facebook. De forma articulada, este conjunto de informações compõe um campo fragmentado. As principais referências teóricas são Jacques Rancière, contribuindo para a compreensão das articulações entre experiência sensível e política, onde a produção de dissenso emerge como elemento crucial na construção do comum; Manuel Castells, no suporte à análise das tecnologias digitais como aparato cultural, que oferece condições ao exercício da política como prática cotidiana; John Dewey e Ciro Marcondes Filho, no apoio à análise sobre como a comunicação constitui e é atravessada por esta experiência, que, dado seu caráter coletivo e público, se configura como um espaço em que emergem novos sujeitos e questões. |