Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
QUEIROZ, Pedro Felipe de Sá |
Orientador(a): |
COSTA, Flavia Zimmerle da Nóbrega |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
PPrograma de Pós-Graduação em Gestão, Inovação e Consumo
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50857
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Resumo: |
A Feira de Caruaru é considerada uma das mais importantes do país, tendo sido tombada em 2006 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN como patrimônio cultural imaterial brasileiro, sendo considerada fundamental social e economicamente para a cidade de Caruaru, as regiões circunvizinhas e seus residentes. Embasados em Michel Foucault, podemos entender que ela funciona como um contra espaço, um lugar imaginado ou um espaço heterotópico, pois, a sua existência se caracteriza como um lugar fora de todos os lugares, embora sua localização geográfica possa ser claramente determinada em certo dia da semana. Esse trabalho se embasa na Teoria Não Representacional e tendo por objeto a feira e por foco as dinâmicas do cotidiano, as atmosferas afetivas, as práticas, os processos e as performances da realidade humana e não humana, nos questionamos: Como as atmosferas moldam a experiência de consumo no espaço heterotópico da Feira de Caruaru? Para tanto, apoiados na pesquisa qualitativa interpretativista e no recurso da tradição biográfica selecionamos uma consumidora que cresceu envolvida com a feira, mantendo com ela fortes ligações, e utilizamos um protocolo-guia de investigação, desenvolvido para essa abordagem, que nos conduziu a investigar duas dimensões da narrativa coletada: a histórica e a discursiva. A análise nos desvelou sintagmas que nos conduziram aos sentidos norteadores formadores da experiência de consumo da respondente, nos proporcionando reflexões sobre a relevância da feira para a sua vida cotidiana, a caracterizando como um lugar de socialidades, evidenciando as relações estabelecidas com os feirantes e a construção de valor dada por ela ao espaço. Concluímos assim, que a atmosfera de consumo da feira se revelou como uma experiência social e afetiva constitutiva do cotidiano da respondente. A atmosfera de consumo evidenciou-se uma força afetiva, envolveu o cotidiano, as memórias e conduziu as condutas da respondente, desvelando um conhecimento contributivo para a temática da experiência de consumo, ainda considerada desafiadora para os estudos de consumo. |