O consumo de experiências no Polo Comercial de Caruaru : vivência mundana, aspectos de socialização e consumo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: MACÊDO, Álison de Lima
Orientador(a): COSTA, Flávia Zirmmerle da Nóbrega
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: PPrograma de Pós-Graduação em Gestão, Inovação e Consumo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40914
Resumo: O aumento dos estudos de comportamento do consumidor bem como de seu consumo de experiência se revela um campo necessário de investigação. Um consumidor ativo, considerado como um prossumidor pela literatura, tem ganhado cada vez mais ênfase nos estudos de seus comportamentos, interferindo no processo de consumo e principalmente no de produção. Determinados comportamentos levam o consumidor a gerar seu próprio contexto e consumo, consequentemente seu próprio consumo de experiência. Dessa maneira, o consumo de determinados bens se mostra como um ponto final, uma forma de materializar os significados dessa experiência, numa sociedade simbólica de consumo, que consome signos. Um centro de compras, o Polo Comercial de Caruaru, se mostrou como um contexto significativo para essa investigação, tendo em vista ser um espaço de consumo de moda-vestuário, em que as pessoas consomem no varejo, com o intuito de assumir os principais atributos do sistema de moda, de diferenciação e individualidade. Assim, a nossa investigação foi guiada pela pergunta de pesquisa: Como o consumidor de moda-vestuário do Polo Comercial de Caruaru significa seu consumo de experiência nesse varejo? Essa pesquisa interpretativista buscou no recurso da tradição biográfica entender, sob a ótica de uma consumidora, como a mesma construiu e significou sua experiência de consumo atrelada a esse espaço de compras. Apoiados na Cultura Material e na Culture Consumer Theory – CCT, nosso estudo biográfico utilizou o protocolo de investigação de Leão et al. (2015) que já havia sido desenvolvido para essa abordagem e que nos conduziu a investigar duas dimensões da narrativa: a histórica e a discursiva. A análise nos desvelou sintagmas que nos conduziram a sentidos norteadores formadores do consumo de experiência da respondente. O consumo de experiência investigado se mostrou constituído por diversas facetas, essas encontradas na literatura consultada, mas os fatores motivacionais que os constituíram foram singulares, partiram de sua condição de existência social e, foi a partir desses, que a consumidora considerou os aspectos situacionais do ambiente de venda, lhes atribuindo significações também específicas. Assim, a experiência de consumo se desvelou como uma experiência social e afetiva constitutiva do cotidiano da respondente, sendo o consumo apenas um meio de reafirmação social da mesma e de suas relações. Como diz Slate, práticas de consumo são essencialmente criativas e não aceitam normas limitadoras, pois envolvem a negociação dos significados por consumidores.