Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
COELHO, Daniela Barbosa da Silva Lopes |
Orientador(a): |
RABELO FILHO, Lucio Vilar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13965
|
Resumo: |
A acromegalia é uma doença crônica e insidiosa caracterizada pela secreção excessiva de hormônio do crescimento e somatomedina C. Sua detecção é feita seis a 10 anos após o surgimento dos primeiros sintomas, portanto é uma doença subdiagnosticada. A alta taxa de mortalidade desses pacientes, principalmente por doença cardiovascular em 60% dos casos, tem sido associada à doença não controlada, demonstrada pelos níveis elevados desses hormônios. Sendo assim, fatores de risco cardiovasculares tais como alteração do perfil glicídico e lipídico, diabetes e hipertensão devem ser amplamente abordados. Este estudo teve por objetivo caracterizar as alterações cardiovasculares e metabólicas atribuíveis à acromegalia antes e após tratamento cirúrgico e medicamentoso. Para tanto, procedeu-se a uma revisão integrativa sobre o tema, incluindo 29 artigos nacionais e internacionais, publicados entre 2007 e 2013 e disponíveis em texto integral nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, Scielo ou PubMed. Identificaram-se evidências que apontaram a necessidade de na prática clínica de atendimento a pacientes com acromegalia deve ser dedicada atenção aos distúrbios metabólicos e cardiovasculares, por serem fatores de risco para morte e por serem modificáveis pelo tratamento cirúrgico e medicamentoso. Buscou-se então comprovar essas evidências por meio de estudo em coorte, com seguimento por 10 anos, de 60 pacientes acromegálicos em atendimento no ambulatório de Neuroendocrinologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, entre 2000 e 2010. Foram avaliados os parâmetros metabólicos e cardiovasculares antes e decorridos 12 meses do início do tratamento registrados em prontuário. Constatou-se haver redução de todos os parâmetros avaliados, ao comparar as concentrações antes e após o tratamento e todas essas diferenças alcançaram diferença estatisticamente significante. Esse resultado permitiu concluir que o tratamento cirúrgico e medicamentoso da acromegalia, associado ao acompanhamento periódico do paciente acromegálico pode proporcionar redução da morbimortalidade da doença. Todavia é necessária alertar a população e treinar os profissionais de saúde para que o diagnóstico seja firmado mais precocemente, evitando o surgimento de complicações. |