Experiência, trabalho e política : os estivadores do porto do recife (1891-1907)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: LIMA, Maxuel de França
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Historia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43931
Resumo: Esta dissertação investiga os estivadores do porto do Recife. Os estivadores eram os trabalhadores portuários que desempenhava um serviço fundamental para o funcionamento do porto, carregamento e descarga de mercadoria das embarcações. Ao longo do século XIX, estes estivadores também foram escravos, organizaram-se coletivamente por suas reivindicações, ainda sob a vigência do regime escravista, e em 1891 conseguiram fundar a Sociedade União Beneficente dos Estivadores. Nosso trabalho analisa esse processo de fazer-se dos estivadores enquanto uma categoria portuária e sua importância política nos primeiros anos de fundação da Sociedade até 1907.O sistema de contratação de mão de obra, o contexto político envolvido – abolicionismo, Proclamação da República – a luta pela consolidação da cidadania por meio da Sociedade, os conflitos com as autoridades públicas e com o patronato da estiva, as dificuldades de existência em um Recife marcado pelo desemprego e fome, foram aspectos que exploramos na vida dos estivadores. Estuda também como se deu a participação política desses sujeitos no período. Por meio da análise de suas greves e da atuação que ela ensejava visualizámos uma participação política intensa desses estivadores, marcado pela solidariedade entre eles e para com outras categorias. Assim, esse trabalho contribui com a historiografia que vem destacando a participação política da população mais pobre e negra na conformação do movimento operário.