Impacto da interleucina-33 como fator prognóstico no câncer gástrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: PEDROSA, Ilan Andrade
Orientador(a): LIMA FILHO, José Luiz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25562
Resumo: O câncer gástrico (CG) é a quinta neoplasia maligna mais comum e a segunda causa mais frequente de mortes relacionadas ao câncer. O desenvolvimento tumoral é relacionado a mediadores inflamatórios, incluindo citocinas, e células do sistema imunológico. A interleucina–33 (IL-33), através do receptor ST2, vem sendo estudada no contexto tumoral e correlaciona com um pior prognóstico. No entanto, a presença e contribuição da IL-33, bem como de células linfoides inatas do tipo 2 (ILC2), induzidas por esta citocina, no microambiente tumoral é ainda incerto. Além disso, a expressão desta interleucina em relação com desenvolvimento e progressão do CG não foi intensamente explorada. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a presença/contribuição da citocina IL-33 e sua relação com prognóstico do CG e aspectos clínicos. Avaliando a expressão relativa do RNA mensageiro (RNAm) da IL-33, tanto no sangue como no tecido tumoral de pacientes com CG, observamos um aumento da IL-33 de maneira dependente do estadiamento. Observando a expressão do RNAm para marcadores das ILC2 (ST2 e GATA-3) no tecido tumoral, encontramos os mesmos elevados no maior estadiamento do CG. Interessantemente, em uma avaliação retrospectiva, utilizando amostras parafinadas de pacientes com CG, deparamos com expressões aumentadas do RNAm da IL-33 e dos marcadores das ILC2, ROR-α, GATA-3 e IL-13, nos tecidos tumorais quando comparados aos tecidos adjacentes (controle). Em conclusão, os resultados do nosso trabalho sugerem que a presença da IL-33, assim como as células ILC2, podem participar do microambiente tumoral no CG. Ainda, o nível desta interleucina foi associada com o pior prognóstico nesta doença, o que aponta para um possível papel de predição de gravidade no CG. A continuação deste trabalho ou mais pesquisas com esta temática poderão demonstrar, de fato, a contribuição da IL-33 no desenvolvimento do CG.