Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
MELO, Eduardo Sousa de |
Orientador(a): |
ROCHA FILHO, Pedro Augusto Sampaio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29942
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Resumo: |
A prevalência de pacientes que realizam tratamento hemodialítico no mundo vem crescendo. A cefaleia encontra-se entre os principais transtornos transdiálise. Existem poucos estudos que avaliem a cefaleia da diálise (CD). Este trabalho tem por objetivos determinar frequência, características, impacto da CD e comparar o comportamento vascular cerebral nos pacientes com e sem o diagnóstico desta cefaleia. Trata-se de estudo transversal. Foram incluídos 100 pacientes submetidos consecutivamente à hemodiálise em duas unidades de hemodiálise na cidade do Recife, Brasil. Foram utilizados: questionário semi-estruturado, as escalas Headache Impact Test (HIT-6), Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) e Short Form-36 Health Survey (SF-36). Foram aferidos a pressão arterial e o peso e colhidos exames laboratoriais bioquímicos antes e após as sessões de hemodiálise e realizado Doppler transcraniano (DTC) na primeira e quarta horas de hemodiálise para avaliação das artérias cerebrais médias. Cem pacientes foram incluídos, idade média de 51,8 (±13,6) anos, 50 eram mulheres, 49 tinham CD. O caráter pulsátil, início insidioso, localização bilateral e início da dor na quarta hora de diálise, foram as características mais frequentes da CD. As mulheres, os com menor idade, maior escolaridade e maior tempo em programa de hemodiálise tiveram significativamente mais cefaleia da diálise (regressão logística). Os com CD tiveram significativamente pior qualidade de vida nos domínios dor (p<0,05; teste de Mann Whitney) e estado geral de saúde (p<0,05; teste de Mann Whitney) do SF-36. Ter uma renda familiar menor, ter ansiedade e ter da cefaleia da diálise tiveram associação significativa com um maior impacto da cefaleia (regressão logística). Não houve diferença entre valores de pressão arterial e exames bioquímicos e peso, antes e após a diálise entre os pacientes com e sem CD. O índice de pulsatilidade foi menor, nos com CD, tanto antes quanto após a hemodiálise (p=0,02, teste de Mann Whitney). Conclui-se que a CD é frequente, ocorre mais nas mulheres, nos mais jovens, com maior escolaridade e maior tempo em programa de hemodiálise, tem impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. A avaliação por Doppler transcraniano sugere padrão de vasodilatação cerebral nos pacientes com CD. |